domingo, 20 de dezembro de 2009

COP 2ºC

Como salvar o planeta depois da COP-15:
- Evitar que a temperatura global aumente 2º C. Como?


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Em resumo

pra poupar meu tempo e manter o blogue atualizado vou postar aqui as incoerências da semana.
quem sabe faço uma postagem decente com elas?

TV Saddam! Pra quem reclama de falta de pluralidade na TV:
O canal transmite fotos e vídeos do ditador, além de mostrar bandeiras dos Estados Unidos sendo queimadas na época da resistência à ocupação norte-americana.
Quase igual aqui, só que no Brasil os líderes políticos ganham canais de TV ainda vivos...

Em Honduras 61% da população teria eleito pela primeira vez um Lobo em pele de Lobo mesmo...

O Linguísta Benveniste não me deixa mentir, revelar é verbo performativo.
Quando Arruda diz ao Estadão :
claramente que revelaria os recursos que saíram do Distrito Federal para várias campanhas municipais do DEM, incluindo a da Prefeitura de São Paulo, hoje administrada por Gilberto Kassab.
O que ele está fazendo, senão uma revelação? O José Agripinio não vai pedir CPI do Panetone dessa vez?
Eu não gosto do Kassab. Todo mundo ( que lê o blogue) sabe (o que dá... 4 pessoas... às vezes).
Mas não é perseguição. Olha o que o Estado deu:
O prefeito já havia sido indagado sobre o "mensalão do DEM" durante almoço com cerca de 150 empresários e executivos em um hotel da capital paulista. Ele admitiu que a suspeita de corrupção que pesa contra Arruda causa um desgaste inédito para o seu partido
Até eu que sou mais bobo Não compro essa. Partido de Kátia Abreu e Toninho Malvadeza não tem nem mais como se desgastar.


Tem gente que se contenta com pouco. Não é o caso das tropas americanas no Afeganistão.
Pra galera considerar algo positivo, eles precisam de números convincentes :

Iraque tem menor número de baixas entre civis desde ocupação

88 pessoas morreram em novembro, além de 22 policiais e 12 soldados; estatísticas são as menores desde 2003


Talvez isso explique o Despautério1...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Magnífico!

Eleições para reitor na USP. O vencedor é o cientista Glaucius Oliva. O segundo colocado é o jurista João Grandino Rodas. Mas é necessário que o governador do Estado de São Paulo escolha o candidato a tomar posse.

José Serra (PSDB) escolheu Rodas.

Sem nos aprofundarmos na questão de o que o governador deve fazer, ou de que regra é essa que a votação não vale nada, olha só porque o governador fez a sua escolha:

"Serra não conhece bem o cientista e tinha poucas informações sobre sua experiência administrativa." segundo noticia o Estadão.

Numa só tacada, Serra aparece como alguém mal-informado e mal-assessorado. Desse modo, que condições ele tinha de escolher o novo reitor?

sábado, 7 de novembro de 2009

O professor e o aluno

A pergunta:

Prezado Aluno de Jornalismo. Prezada Aluna.      V. estudou ou vai estudar, gratuitamente, na UNESP nestes quatro anos. Mas não existe almoço gratis: Quem paga seus estudos é o contribuinte. É obrigação ética da Universidade prestar contas do que está fazendo com os recursos da sociedade.     V. acha justo boicotar o ENADE neste domingo para negar esse direito da sociedade?     Somos jornalistas para nos colocarmos contra os interesses sociais, através da omissão, ou para defender os interesses coletivos?      Não embarque na maniPulação político- ideológica. Seja você mesmo, ouça a sua consciência, pense no seu país, pense grande, atenda ao pedido da sua Universidade.     Precisamos da sua avaliação honesta, sincera, ética.    Não negue sua particicpação cidadã, neste domingo. Responda o ENADE.      Obrigado.      Prof. Dr. Pedro Celso Campos     Coordenador do Curso de Jornalismo

A resposta: 

Prezado Professor de Jornalismo.

Posso estar assinando meu óbito acadêmico mas, acreditando na boa intenção do professor e supondo uma afinidade que o professor possa ter com as idéias democráticas de Voltaire , respondo ao e-mail:

Bem sei que não existe almoço grátis. Nem curso superior . Quem os paga é o contribuinte. Acontece que os alunos do curso superior público também são contribuintes,o lobby imobiliário de Bauru que o diga. Como o senhor afirma, não existe mesmo almoço grátis, nós o pagamos.

Ainda na condição de contribuinte, afirmo não saber muito bem o que está se fazendo com os recursos públicos, não só na universidade como em outros âmbitos. Seguramente, contudo, sei que a UNESP dá muito maior retorno à sociedade com seus projetos de extensão que com os resultados do ENADE, que a comparará com universidades onde projetos com esta finalidade são impensáveis.
Não acho justo o boicote ao ENADE. Justo seria que a UNESP não se prestasse a esse tipo de ranqueamento barato que só serve para dar suposta credibilidade para a publicidade de famosas fábricas de diploma com qualidade questionável.

O professor bem sabe, muito melhor que eu, que a palavra é o signo ideológico por excelência. Tanto o Boicote proposto pelos centros acadêmicos, quanto o apoio à prova sugerido pelo professor é uma manifestação ideológica. Mas não os acuse de manipulação: a decisão de boicotar aprova foi tomada em assembléia, votos contados nos braços estendidos de cada aluno. Como se decidiu que a UNESP deveria compactuar com o ENADE? Foi de forma mais democrática que as assembléias do centro acadêmico?

O ENADE, que, por exemplo mais gritante, avalia escolas de Psicologia que privilegiam mediações teóricas distintas, muitas vezes opostas, com a mesma prova, e nem mesmo considera disparidades sociais entre as universidades, pode ser considerado ético? Como seria honesto, sincero e ético, de acordo com a recomendação do professor, aceitar tal prova?

Quando houver uma avaliação que vise diminuir as diferenças ao invés de evidenciar as discrepâncias na qualidade de ensino entre as universidades (pratica vantajosa apenas para quem acredita na proposta liberal de educação, eliminando as menos "competentes"), tenho certeza que, não só eu , como qualquer centro acadêmico que se preocupe com a qualidade do ensino que sua universidade oferece irá apoiá-la.

Professor, admiro sua competência e sua ética, as quais pude observar quando seu aluno. É confiando nestas qualidades que acredito possuir a liberdade de responder ao seu e-mail e ainda esperar que tenham divulgação similar ambas as opiniões. Agradeço de antemão o espaço para a manifestação da visão contrária.

Atenciosamente

Thiago Teixeira
Aluno do Curso de Jornalismo e Contribuinte

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Psiu

Psiquiatra mata 12 pessoas em base dos Estados Unidos

Esse cara está precisando urgentemente de um psicopata.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Diploma pra quê né?

Foi com surpresa que vi a assinatura de Judith Brito no fim de um texto tortuoso e mais de uma vez incoerente da presidente da Associação Nacional de Jornal a respeito do fim da exigência do diploma de jornalismo.

Antes de mais nada leiam o texto.

Judith considera quase criminosa a iniciativa de parlamentares de revogar a decisão do STF, intituição responsável por mais de uma decisão parcial e duvidosa, a mais alta corte do país, como lembra a autora.

A presidente da ANJ parte da sábia classificação "o que vem da ditadura é ruim", por isso, jamais aceitará a exigência do diploma.

Mas o que mais chama a atenção pela falta de coerência é a afirmação:

"Quanto melhor preparados os profissionais de jornalismo, melhor para os cidadãos, que terão à sua disposição informações de qualidade para formar suas opiniões, para melhor entender o mundo em que vivem. Os bons cursos de jornalismo, além de ensinar as melhores técnicas para o exercício da profissão nos diferentes tipos de mídia, dão a seus estudantes a formação humanista indispensável para esse papel de interlocução com a sociedade."

Lá no fim do texto, Judith praticamente nos pede para ignorar essa afirmação:

"Disse o Supremo que a liberdade de expressão não pode ser condicionada de nenhuma forma. Quem quiser ser repórter de um jornal, por exemplo, poderá pretender sê-lo independente da formação que tenha. Da mesma forma que não se pode exigir qualquer condicionamento prévio para quem queira escrever um livro. Esse respeito à plena liberdade de expressão permite que talentos que não tenham diploma de jornalista possam dar sua contribuição ao jornalismo e à sociedade."

Afinal de contas, o jornalista deve ter boa formação ou simplesmente se quiser, irá se tornar repórter de um jornal?

Então a decisão do STF favorece quem tiver talento para jornalismo? Como disse meu amigo Thiago Teixeira, aqui nesse mesmo blog, "talento de cu é a rola". O argumento do talento é pouco claro para defender a não-exigência do diploma. Afinal de contas, quem tiver talento vai conhecer todas as teorias e e metodologias do jornalismo? Acho bem improvável.

Pra encerrar, lamentável ver a presidente de uma entidade tão importante usando o discurso típico de colunistas sem conteúdo e de políticos populistas, ambos conservadores até a medula:

"Agora, temos essas iniciativas parlamentares vindo na contramão da História"
e
"Vamos olhar para frente e concentrar nossos esforços e energia na modernização do país e na consolidação dos princípios democráticos."

Oi?

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

assistencialismo pois

simples assim:
Os investimentos do Bolsa Família, assistencialistas e eleitoreiros , elevaram o PIB em 43 bilhões.
Os pacotes financeiros usados para proteger a economia de mercado no início do ano estão dando outro tipo de resultado. O Japão deve ter percebido que não é grande negócio.
Acho que não dá mais pra manter o discurso de "não dar o peixe, mas ensinar a pescar". Quem o sustenta, acomodado nas metrópoles e megalópoles do país, não tem consciência de que em alguns lagos não há peixes, que, se doarmos alguns daqui, quem sabe eles não se reproduzam por lá?
Esta metáfora me parece funcionar muito bem.
A proposta, funcionou melhor ainda.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A questão de ser Brasileiro

Sergio Malbergier tem vergonha de ser Brasileiro.
Talvez tivesse mais orgulho se fosse conterrâneo de Freud, Einstein ou Kafka...
Logo de início, alega que o holocausto é incomparável à escravidão, por seu caráter genocida. A escravidão escolhia suas vítimas por fenótipos, não religião.
Mas não entro neste mérito.
Sergio só falou de holocausto pra dizer que ficou indignado com o presidente Lula, que recebeu o presidente"democraticamente auto-eleito" do Irã, que tem uma mania bizarra de negar uma das maiores atrocidades da História (e um dos temas mais explorados por hollywood) .
Não dá pra dizer que a diplomacia brasileira é assim tão genial (quanto esse egípcio ), mas, se o Obama estava encorajando o encontro, por que não? Alguém precisava falar com o cara. Diferente do que dizem alguns Republicanos, é com terroristas que se negocia (morre muito menos gente quando se sacrificam alguns neurônios) . Abrir fogo não deixa de ser uma forma (primitiva e estúpida) de negiocar , por meio da força. Normalmente acaba mal.

Esta semana a Veja tem uma capa com um passarinho invocado, criticando a atuação internacional do Itamaraty e de Lula em Honduras. O que atrapalha as contestações da revista é que nem mesmo o Micheletti fala mal da diplomacia nacional. E a Newsweek e a Time dão ainda mais moral pro ex-metalurgico.

Mais recentemente, seis deputados resolveram visitar Honduras. Foram negociar com terro... com a ditadura de facto . Raul Jungman, do PPS, se disse surpreso com as declarações (absurdas) de brasileiros em Tegucigalpa. Surpreendente também é o líder de um partido esquerdista criticar o governo do país por se opor a uma ditadura.

Como se pode perceber, a maior oposição ao Itamaraty está no Brasil, onde é possível sair do trabalho e se reunir com os amigos num bar qualquer para confortavelmente assistir ao Jornal Nacional.

P.S.: Esse post quase não saiu, por culpa do Roney.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

javanês econômico

Economia é um assunto complicado, mesmo.
Após o Discurso de Lula na Assembléia Geral das Nações Unidas, deve ter se tornado ainda mais complexo. Só isso explica uma divergência tão singela entre Folha e Estadão,
ou não...
Pois bem, enquanto o Estadão diz que o presidente acha que o mundo tem intervenções demais e a Folha divulga que Lula quer maior participação do governo na economia, o que o politicamente correto discurso do ex-metalúrgico preconiza são as velhas bases teóricas da economia que elegeram Obama: lutar contra subsídios que impossibilitem a disputa comercial internacional e, em contrapartida, a adoção de medidas que regulem o mercado.
Em outras palavras, é juntar idéias liberais, contrárias aos incentivos fiscais, com projetos Keynesianos de intervenção na economia: simplesmente um paradoxo, como estamos acostumados.
Incoerente ou não, ou este é o fim ou é a solução.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Curtas e grossas

Vermelho!
E o Partido Verde fazendo campanha eleitoral para Marina Silva...
Sinal verde para eles?

Como se esperava
Foi só parar de falar em gripe suína que não tem mais sabão e álcool gel naqueles reservatórios que já estão pregados em todo lugar

Fim de mandato é assim
"Bom, o meu amigo oculto é..."
Como disse aquele político, explicando à Justiça Eleitoral de onde veio o dinheiro* de sua campanha.

*a reforma eleitoral aprovada pelos deputados e que aguarda sanção lulal (presidencial) permite financiamento de campanha por doadores não revelados.

domingo, 13 de setembro de 2009

uma questão de ponto de vista

Tardiamente finado o Benito, Berlusca vem subtituindo-o louvavelmente.
Os recentes problemas de soberania nacional do Brasil com a Itália quase permitem que passem desapercebidas nossas semelhanças.

Beslusconi é um fascista tradicional. Fanfarrão, tosco, bastante adequado para primeiro ministro de um país que recebe imigrantes ilegais com atitudes tão éticas quanto negar auxílio a náufragos. Acontece que os imigrantes que chegam denavio são pobres e negros e a Itália governada por cabeças extremistas (como esses caras aqui, ó).

Aqui na terrinha, por questão de termos "direita" e "esquerda" jogando encima do muro, não sãos estes caras que mandam no país, a gente tem um pouquinho mais de consciencia social...ou de demagogia mesmo.

Contudo, não faltam aqui exempos do pensamento retrógrado dos republicanos dos EUA.
Como além de papagaios , somos criativos, nossos democratas ou não são exatatmente como Ted Kennedy, ou estão usando o nome errado. E, como e de costume desse pessoal herdeiro do Toninho Malvadeza, Agripino Maia, líder do partido , é um dos poucos sujeitos no país a criar caso por conta de um estatuto que visa, ou deveria visar, medidas para a equiparação racial no país.

Ou seja, não é só de lixo inglês que o país está cheio.
Tem muito mais coisa que a Europa deveria jogar fora que poliu as terras tupiniquins

sábado, 12 de setembro de 2009

A Folha e suas dificuldades com a livre informação

Chegar ao século XXI não está sendo muito fácil para a Folha de São Paulo.
Desde que os censores foram retirados de dentro de sua redação, o jornalão vem se atrapalhando com as coisas que publica e as medidas que adota.

A última do jornal mais vendido do país foi a censura aos seus escritores.
Jornalistas e colunistas da Folha não podem se pronunciar pessoalmente na Internet, segundo um comunicado interna. Em resumo , a circular diz que seus jornalistas e colunistas representam o jornal nas plataformas sociais e que não podem liberar os furos que o jornal publicará.

Seria aceitável de um jornal a tentativa de defender o conteúdo que produz. Contudo, tendo testemunhado , abaixo de seu nariz, o poder das ferramentas da web, seria muito mais sensato aproveitar-se deste fato. É tautológico que, se seus jornalistas divulgam mais furos, são melhores que os da concorrência. Quanto ao medo da divulgação de conteúdo, 140 caracteres não pode substituir uma matéria de forma alguma.

Restringir a utilização da internet por seus funcionários é limitá-los em sua liberdade de expressão, posto que um blog e o próprio twitter são pessoais e o conteudo só diz respeito ao(s) blogueiro(s) . Cerciá-lo deste direito não me parece a melhor forma de mostrar isenção, independencia e respeito à pluralidade de opiniões. E, como o vinil lutou contra o CD ou o rádio contra a TV, a Folha quer impedir o inevitável:


Pois bem, o locutor do vídeo e o Marcos Guterman tem questionamentos interessantes para o jornal. E o hibernante " O Biscoito Fino e a Massa", de Idelber Avelar, tem uma sugestão de Estatuto para a profissão dos blogueiros que eu realmente recomendo à editoria da Folha.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

As regras do jogo

Ninguém deve ter se esquecido da situação em Honduras, acredito.
O presidente foi deposto à baioneta por tentar realizar um plebiscito sobre a possibilidade de reeleições no país. Evidente, Zelaya tinha grandes interesses na realização do plebiscito, e pode ser criticado pela controver-sa medida, mas daí a considerar legítimo tomar-lhe o cargo e extraditá-lo e coisa de lunáticos.
Zelaya é um esquerdista. Tal qual se diz Chavez, um lunático que censurou a mídia de seu país ( que nem o Sarney) e transformou a Venezuela em sua Neverland. Evo também é fã de Marx, também é censuradíssimo por ter aspirações à reeleição. Ahmadinejad, também afinado com os ideais bolcheviques, é um estadista terrorista, que muito provavelmente forjou sua vitória contra Mousavi nas eleições presidenciais iranianas e está oficialmente reeleito.
Todos foram acusados de possuirem tendências ditatoriais, e são acusações justificáveis para os três últimos. A mídia bate brasielira de mão fechada nestes.

Contudo, o alinhadinho Alvaro Uribe, que pretende instalar com Obama umas basesinhas dos Marines na América do Sul, também curte esta idéia de poder perpétuo e vai tentar mudar a constituição colombiana para eleger-se pela 3ª vez. A mídia brasileira, que prima pela liberdade e pela democracia o que faz?

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O truque do inimigo externo

Quando as coisas andam muito complicadas dentro de casa, o jeito é dizer que o problema vem de fora. A tática é bem velha.

Contudo não se desgasta. E o Irã, que já foi um dos cordeiros de Bush, a assiste novamente.
Ahmadinejad aprontou mais uma das suas, ao chamar para ministro de Defesa o senhor Ahmad Vahidi , acusado pela interpol de comandar o ataque à Associação Mutual Israelita Argentina em 1994.
Assim, arranja um diabo mais feio que ele para a mídia cuidar, na tentativa de apagar os recentes constrangimentos causados por sua duvidosa reeleição.
Literalmente, uma afronta à Argentina e Israel.

Uma afonta que não vem em má hora, diga-se:
Kirchner não está muito bem avaliada na Argentina. Um saco de pancadas como Armadinejd, que ainda dá o baço pra bater, traz algum alívio com a imprensa, que tem o braço bem pesado.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O que esperar da Folha?

Quando se lê uma postagem como esta no blog de um membro de conselho editorial de um jornal , passa-se a entender como agressões como esta possam ser publicadas.
A folha de São Paulo não é um jornal sério.

tratemos deste absurdo mais recente:
É plenamente legítimo que se questione Dilma Roussef sobre o que teria dito para Lina Vieira, defendo a acariação das duas inclusive; A candidata do PT deve ser cobrada como ministra-chefe da casa civil que é; Sobre as obras do PAC; sobre problemasdo PT , enfim, sobre qualquer questão políticaem que esteja envolvida, é crucial que a mídia explore seu poder para obter esclarecimentos.
Daí a questionar sua feminilidade, é um ato tão baixo quanto a tentativa de Marta questionar a sexualidade de Kassab. Julgar candidatos pela aparência foi o que levou Collor ao poder. O povo é às vezes manobrável por estes artifícios. Os jornalistas deveríam se opor a isso. Este trecho da postagem de Marcelo Coelho ( o sobrenome é bem conveniente, diga-se) e o mais lamentável:
"Nenhum charme nasce de Marina Silva. De certo modo, é o negativo de Dilma Rousseff, cuja ausência de charme não passa despercebida a ninguém.
Resta Lina Vieira. Foi, afinal, massacrada no Senado por Romero Jucá, líder da base governista. Tornou-se frágil, delicada, do jeito que todo homem espera de uma mulher. Triste e bonito destino."
Bachelet é atraente? Angela Merkel? Condoleezza? São frágeis e delicadas?
É patético de tão machista o discurso de Marcelo. Qualquer poste percebe a ironia da última frase, mas não deixa deser machista por isso: apesar de criticar a situação submissa em que esteve LinaVieira, quando exige mais charme das mulheres que se candidatam (ao satirizá-las por não serem tão atraentes quanto as moças que devem figurar o papel de paredes de seu banh... imaginário), resume o poder feminino de conquistar votos à aparencia ou aos parentes políticos destas.

desendosso...

se eu endossei a candidatura da Soninha anteriormente, hoje devo corrigir-me.
Soninha aindaé uma cabeça ase respeitar, mas sua postura política decepcionou-me.
Um pretenso partido Socialista que alinha-se com o PSDB para apoiar Serra e opor-se ao PT não pode ser levado a sério. Soninha, a quem admiro por dar sua cara às causas que endossa, até pela contraditoriedade da situação, não parece estar tomando tão nobre atitude neste caso.

Acredito que os jornais deveriam ter um mínimo de decência e declarar seus candidatos (é uma formalidade, posto que não se faz necessária grande inteligência para "desvendá-la"). A isenção e a imparcialidade não são complementares. Aliás, quando um jornalista declara seu endosso, disponibiliza ao seu leitor a avaliação de sua isenção.
Escondido atrás do mito da imparcialidade, se (supostamente) não favorece ninguém, não seria possivel ter sua isenção questionada, argumento este que defende a maior parte das redações do país. Oras, como diria Mino, "é de conhecimento até do mundo mineral" que imparcialidade não é o forte do jornalismo tupiniquim, São sempre perceptíveis os protegidos da mídia (e os protegídos são sempre os mesmos, diga-se), e, sendo assim, não há como sustentar tal silogismo.

Não acredito em isenção sem endosso. Mas, por hora, não tenho candidatos, só o evidente viés centro-esquerdista, que tende à social democracia. Quando houver candidatos, por uma questão de honestidade, aviso.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

“Desmembramentos”




Ah!que bobagem
as rosas não falam
simplismente as rosas exalam
o perfume que roubam de ti
devias vir
para ver os meus olhos tristonhos
e quem sabe sonhavas meus sonhos
por fim



Faz alguns dias que vi um daqueles vídeos que impressionam e que aliás, não consegui sequer terminar de assisti-lo no Blog do dia 11 de Agosto de Gerald Thomas. (http://colunistas.ig.com.br/geraldthomas/). Uma espécie de vídeo-denúncia sobre a maldade que alguns são capazes de fazer com os seres ao nosso redor, neste caso, com os “melhores amigos do homem” (Arrancando o couro do melhor amigo).


Revoltado e triste com o que não conseguiria esquecer por algumas longas horas dos dias e noites que se seguiram, mandei um e-mail impressionado e indignado para uma amiga jornalista ambiental, Ana Carolina “Bial”, que me respondeu algo que me fez pensar ainda mais:


Como isso tudo devia ser para o animal. Tem um filósofo (Humboldt) que pensou o inverso: o que isso significa para o homem ‘A civilização de um povo avalia-se pelo modo como tratam os animais’. É a conclusão dele. E tem pesquisas que concluem que o perfil psicológico de quem maltrata animais é o mesmo de estupradores! Isso é que animal”



Escrevo esse post talvez inspirado pela atrocidade deste vídeo somada com um final de férias suínas e começo de madrugada monótona e ao pensar e viajar (ouvindo a música cantada por Paulinho Viola) que ultimamente nem as rosas, nem os “melhores amigos” falam, simplesmente exalam, o perfume que roubam, que nós, por muitas vezes, roubamos...



quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Uma correção

Ontem, precipitei-me.
Permiti-me uma pretenciosa fé no senado, coisa de principiantes (como não deixo de ser).
Eu achei que dois velhos cânceres estavam para ser eliminados do cólon do útero de nosso Estado.
Um dos tratamentos está indo bem, um nódulo persiste, mas falta pouco, espero.
Contudo, nosso senado infelizmente não tem muita vocação prà oncologia.
Não me atentei para as doenças preexistentes.
Sarney é do PMDB, que manda em 1202 prefeituras.
É um partido que não se importa muito com a opinião de dissidentes.
E, pelo visto, a exemplo da Academia Brasileira de Letras, nem com a opinião pública. Nem precisa...
Prefeituras se conquistam com alianças, as mais variadas, o partido nem sempre conta muito.
Se mantiver suas prefeituras, mantem seu tamanho.
Enquanto for grande, continua a eleger senadores e deputados, e a possuir cadeiras importantes como presidência da câmara e do Senado.
Não almeja cadeiras maiores, como a federal ou as 26 estaduais.
Muito expostas, é muito mais difícil de encobrir os desparates e desmandos de seus membros.
Pois é, acho que me equivoquei no começo do ano também.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

desapegado a coisas materias...

Hilário o senhor Paulo Maluf.

A sua situação fiscal (por assim dizer) está cada vez mais complicada.
Não é dificil imaginar que terá um fim similar ao de seu ex-companheiro de ARENA.
Para se defender, Maluf alega que não possui dinheiro fora do país e o oferta a quem encontrar.
A oferta, que aos mais inocentes atestaria sua inocência, não é tão arriscada assim.

Simples: o dinheiro que POSSUIria no exterior nunca foi seu e, parado no exterior, nem está sendo utiliazdo , mesmo...
E, em definitivo, se for encontrado, esse dinheiro acabará com qualquer álibi do ex-prefeito, será a prova irrefutável de seus desvios, hoje não tão famosos quanto bebebês e outras celebridades, mas ainda não esquecidos. Sendo assim, se os prováveis ganhadores dessa bolada, os promotores Silvio Marques e Saad Mazloum, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público da capital, não poderiam de forma alguma ficar com a grana, já que ela deverpá ser devolvida aos cofres públicos.

O Maluf engana até quando perde, se é que perde.
Finalmente acredito que ele possa perder.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Emdããrb!

De acordo com o jornal Bom Dia, o presidente da Emdurb [que administra o transporte público de Bauru], José Rodrigues da Silva anunciou a próxima melhoria em seu setor:

Já que não é possível ficar contratando cobrador para o ônibus coletivo [até porque pagar com cartão é um charme, né?], os ônibus serão monitorados por GPS!

O presidente da Emdurb até disse: "Isso não é gastança. A cerca eletrônica vai checar se os motoristas estão cumprindo suas rotas".

Agora me responda se você já ouviu as seguintes frases e reclamações:
1-Chefe, o senhor num sabe o que aconteceu! O motorista do ônibus que eu peguei foi parar lá em Botucatu, e eu acabei me atrasando!
2-Atenção! O ônibus coletivo linha Tangarás está desaparecido!
3-Não converse com o motorista. Ele ainda não aprendeu o caminho direito.
4-Ihh, o ônibus atrasou porque o motorista esqueceu de pegar uma coisa em casa e eke teve que desviar um pouco do caminho.

Ihhh, perdi o ônibus!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

mais uma última palavra sobre diplomas

partindo da experiência de ter nascido sem nem mesmo saber escrever (mal que perdura), não posso concordar com a idéia de que o talento para o jornalismo seja inato. Este, aliás, é o argumento que o 4º senhor na "linha de sucessão presidencial" , Gilmar Dantas, usou pra enfiar a profissão onde dificilmente será resgatada. Pra manter a alegoria,insisto: talento de cu é rola. Quem não se dedica àquilo que quer fazer nunca vai ser bom, quanto mais numa profissão tão delicada, onde os limites da sobrevivência financeira e da ética profissional são tão distintos. Diz-se que se aprende jornalismo mesmo é na redação, que faculdade não forma jornalistas e blablablá. Sobre isso , duas coisas: quem aprende jornalismo na redação não tem "talento inato". Viu uma galera fazer e foi aprendendo. Se estivesse numa operação de telemarketing também iria apender. Ninguém diria que essa pessoa teria talento inato pra operador. Eu não vi o Gay Talese no roda viva, mas ví sua opinião fazer coro à da ABERT, anj e outras corjas sobre a obrigatoriedade do diploma numa palestra que ele deu no MASP. Vou colocá-lo no rol de jornalistas com quem se endossa a idéia de que o diploma não serve pra nada, junto com machado de assis, Nelson rodrigues , Vargas llosa, garcia márquez, etc. Eles escrevem , de fato, muito melhor que os jornalistas diplomados. Toda via, ganharam prêmios e reconhecimento por seus livros e crônicas, não por suas matérias. José hamilton ribeiro ganhou prêmios por suas matérias. Uma meia dúzia de Essos. perdeu uma perna fazendo corbertura de guerra. ele tem diploma. O Paulo Coelho escreve pro globo, é imortal da ABL. Não tem.
eu já disse isso?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Todos no tribunal

A Guerrilha do Araguaia voltou às páginas dos jornais. A batalha entre jovens comunistas filiados ao Pc do B e o exército brasileiro foi marcada pelo envolvimento de camponeses em ambos os lados, ou simplesmente como escudos humanos.

Com a questão da guerrilha, volta à discussão a Ditadura Militar brasileira, que muitos preferem fingir que não existiu, dizendo que a Lei da Anistia veio para virar a página.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, já declarou ser a favor de penas contra os torturadores. Alguns rebatem com o argumento absurdo de que se trata de “vingança política”, como se torturar, fosse uma questão puramente burocrática. Existem diversas ONGs e intelectuais (acho essa classificação estranha, mas...) também são a favor do julgamento e condenação de assassinos do passado.

Há também quem polemiza dizendo: “Esses antigos comunistas eram todos torturadores também, que mataram pais de família.” Relatos de camponeses do Araguaia, confirmas essa tese, dizendo que realmente, os guerrilheiros mataram e torturaram moradores da região, militares e desetores.

[A maioria dessas opiniões eu vi em comentários de notícias, sobretudo nos sites da Globo, Folha de S.Paulo e Estadão. É lamentável o tom antiético dessas mensagens que são divulgadas mesmo com avisos de quem “Comentários com preconceitos de desrespeitos de qualquer tipo não serão permitido”]

Infelizmente, o Brasil não seguiu o exemplo de outras ditadura latino-americanas, e não condenou os militares. Pelo contrário. A Lei da Anistia era seu perdão. E os crimes de tortura “prescreveram”. Os crimes prescreveram ou esperaram até que o tempo limite de seu julgamento passasse? Torturadores foram promovidos, viraram nomes de rua, receberam homenagens, enquanto suas vítimas enlouqueceram, ficaram com seqüelas físicas e/ou psicológicas irreversíveis, se não foram mortos e sues corpos escondidos.

Mas também deve-se admitir que há uma lamentável glamorização da esquerda. Quem pegou em armas passou a ser um herói da liberdade e da democracia, quando não faltam relatos de que esses heróis eram frios, pouco atentos a opiniões diversas e que torturaram e mataram a sangue frio desertores, dedos-duros e militares sob a bandeira da liberdade. Não fizeram o mesmo que os inimigos?

Da mesma forma, é vazio o argumento de que “Pra quem julgar os torturados? Tem que julgar mesmo é esses terroristas que estão no poder agora”. É uma condenação que não justifica uma absolvição.

Minha opinião é de que a Justiça deve, imediatamente, apurar os crimes cometidos pelos dois lados. Quem torturou vestindo uma farda ou com uma pôster de Guevara na parede. Os crimes são os mesmos e continuam sendo crimes. As alegações de que agiam em defesa de uma ideologia ou obedecendo a um Estado autoritário não se justificam.

terça-feira, 14 de julho de 2009

É greve doutor?

Que que penso de greve?

Tá aí um assunto polêmico, imediatamente associado a ser de esquerda ou de direita, liberal ou conservador, proletário ou proprietário. O que dizer de greves?

É fácil dizer: Sou a favor de greve! O trabalhador tem todo o direito de defender seus interesses!Também é fácil dizer: Greve nem pensar! Ficar uns dias sem trabalhar, recebendo e ainda pedindo aumento? Ainda por cima atrapalha os outros!

E aí?O trabalhador tem todo o direito de defender seus interesses. Senão os patrões fazem o que querem. Ser capacho pra quê? Se o chefe não quer atender a reinvindicação, é só mostrar pra ele: veja bem, você não me dá ouvidos, mas eu sou fundamental para o seu ganho! Como é?

Mas tem gente que extrapola. Sou contra quebra-quebra e parar avenida. Por que? Ora, você está entregando de bandeja o argumento contrário pra quem é contra greve. "Olha só, vocês param a rua, atrapalham todo mundo". "Estão quebrando o patrimônio público!". Quebrar algo é deixar a marca do "vandalismo brutal" como os reacionários logo argumentam.

Sobre as ruas, os manifestantes dizem que é pra mostrar ao povo suas argumentações. Olha, o povo não tem nada a ver com seus problemas (é cruel, mas se pensa assim). E aí você vai tentar apresentar seus argumentos parando ele no trânsito e atrasando seu dia? Não!Vamos inovar!

Greve sim! Mas não essas greves clichês. Greve tem que ser algo bem bolado, muito bem planejado, de modo a fazer todo mundo pensar, talvez até rir.

As greves, manifestações e atos deveriam ser planejados por uma junta de humoristas!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Penso Logo Twitto

Que belíssimo esse momento de confraternização entre as partes! Os que xingavam o Sarney desde que ele era do Arena [o partido da Ditadura, não o programa do Cléber Machado], a esquerda histórica, opositora do dono do Maranhão e autor de Harry Potter e a Câmara e os Atos Secretos hoje tem o apoio da mídia, empenhada em derrubar o maligno presidente do Senada, que empregou neto, cunhado, bisavô e até o Tarso Genro.

E nesse momento belo o DEM, PT, PSDB e PMDB fazem uma ciranda de apoios e desapoios, com DEM apoiando sua eleição com PT oposição e agora se dá o inverso e o presidente, daquela esquerda lá, deixando claro que o hômi merece um tratamendo diferenciado [eu já sugeri a cela individual mas ninguém me escuta].

E recentemente, nos palcos do Twitter, com a campanha #ForaSarney, a nata do intelectualismo brasileiro, representados por Rodrigo Scarpa [Repórter Vesgo], Marcos Mion [MTV], Júnior Lima, Tico Santa Cruz [Detonautas] e Bruno Cagliasso[Globo] iniciara uma valiosa cruzada pela democracia. Como? Pedindo ao dono do Twitter mais popular, o ativista internacional Ashton Kuchter[Cara, cadê meu carro?] que ele simplesmente escrevesse a palavra #ForaSarney em sua página.

Lamentavelmente, movido pela cega razão da autodeterminação dos povos, o astro de Hollywood retrucou que essa é uma luta dos brasileiros e "Só vocês podem lutar pelo acreditam". Essa atitude afrontosa com a população brasileira lhe custou, imidiatamente, a exclusão de seu nome da lista de indicados ao Nobel da Paz.
Povo brasileiro! Vamos aguardar! [Loading...]

terça-feira, 7 de julho de 2009

Coluna Corrida!

Coluna Corrida!

Big Brother Sam

Os tempos realmente mudaram. Agora os EUA não reconhecem um golpe militar.

Lembra do tempo em que eles é que davam uma forcinha?

FHXiii

Nessas festividades dos 15 anos do Real, alguns tucanos falaram das privatizações...

Olha... não acho muito recomendável elogiar a privatização na área de telecomunicação, né Telefônica?

Real-trotters

Do jeito que as apresentações de jogadores estão pop, dando repercussão e atraindo dezenas de milhares de torcedores no estádio, sem falar na venda de uniformes, o Real Madrid nem precisava mais jogar futebol.

Imagina que perigo o jogador se machucar?

O jeito é formar o novo globe-trotters

Hasta neverland

[Pra compensar ontem, que eu não postei nada por aqui, hoje tem bastante coisa!]

Eu acho que a morte do Michael já vendeu mais dvd que a morte do Che Guevara vendeu camiseta.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Quando a própria vida não é suficiente

O artigo 43 do Estatuto da Criança e do Adolescente é claro: “a adoção poderá ser deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos”. A definição é isenta de qualquer referência ao sexo das pessoas que pretendam realizar a adoção, considerando mais relevante que qualquer discussão sobre sexualidade a saúde e o bem-estar do Adotando. Alguns casais homoafetivos vêm se beneficiando do caráter liberal e avançado do ECA, ao menos no que concerne a esse mérito.

Contudo, mostrando como o preconceito pode travestir-se de preocupação social, o deputado do PMDB Alagoano, Olavo Calheiros, irmão mais novo de Renan Calheiros, tem um projeto de lei que pretende mudar esse cenário. É surpreendente ler logo no primeiro artigo do Projeto "Essa lei tem por finalidade vedar a adoção por homossexuais". Um assunto tão delicado quanto a adoção, relacionado com a discussão sobre sexualidade e preconceito, não mereceu do deputado argumentação maior que o texto redigido em uma folha de sulfite, onde descreve segundo seus ensejos os motivos para o veto.

De acordo com o projeto do deputado, "Toda criança deve ter direito a um lar constituído de forma regular, de acordo com os padrões da natureza", o que seria impossível para um casal homoafetivo, na concepção de Olavo. A carta segue afirmando que "A adoção por casais homossexuais pode expor a criança a sérios constrangimentos" e define como dever do Estado "por a salvo a criança e o adolescente de qualquer situação que possa causar-lhes embaraços".(seria o fim do Bullyng?)

Não é uma opinião tão unânime quanto a simplicidade com que a questão foi abordada pelo Deputado faz parecer. Em entrevista ao site do Centro Latino Americano de Sexualidade e Direitos Humanos, que move um abaixo-assinado contra o projeto do Deputado, a desembargadora aposentada Maria Berenice Dias afirma: “Há um princípio que veda o retrocesso social: a lei não pode retroceder. E esse projeto vai contra esse princípio. O próprio Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) admite a adoção por pessoas sozinhas, sem restrição à orientação sexual”. A jurista ainda reforça: “a família não é constituída exclusivamente pelo casamento. Até 1967 era assim, mas na Constituição atual O conceito de família abrange tanto o casamento, como a união estável e a família monoparental, também sem qualquer restrição quanto à orientação afetivo-sexual de quem a compõe”.

Choca que equívocos como este existam. Olavo deveria representar sua população. Assusta. Mas, a julgar pelo sobrenome, não deve ser por vias exatamente democráticas que a criatura ocupa a sua cadeira. Como saber, né? De toda forma, ainda não me parece plausível que, século XXI já a uma década adentro, ainda exista tão antiquada objeção.

Casais homoafetivos não procuram filhos com similares características genéticas. Seria absurdo tentar convencer que a criança foi gestada pelo casal. Eis aí uma possível solução para crianças de três quatro anos que permaneceram confinadas em orfanatos por não se parecerem com os possíveis pais adotivos quando jovens. Espero que esteja evidente que não vejo preferências entre a adoção hetero ou homoafetiva. São apenas procuras diferentes.

Será que o deputado tem tanta certeza que crianças prefeririam não ser adotadas a receber um lar homoafetivo? Essa demonstração de incivilidade do Deputado só não émais surpreendente porque não se trata de um cargo cujos ocupantes em geral costumam apresentar grandes preoupações civis. Carentes de representação, nós, população, urgentemente necessitamos de alguém que nos adote. Acima da idade preferencial, sem nos parecermos com ninguém que pretende nos representar, a chance de deixarmos a condição de órfãos é minúscula. Negro, Homossexual, cadeirante, político honesto, ou qualquer outra minoria em que se enquadre, sinta-se à vontade para defender nossa voz.

liberdade de excreção

reiterando a conclusão do Renato Diniz, com quem finalmente concordo.
A torto e a direito repete-se o argumento de que a obrigatoriedade do diploma coíbe a liberdade de expressão e resume-se a uma estratégia para criar reserva de mercado. Se considerarmos quem são os defensores destes argumentos, não valeria nem a discussão: GilmarMendes e asseclas, além de um sem fim de jornalistas, empregados em grandes empresas de comunicação, nas horas vagas blogueiros -ou vice e versa- que parecem odiar a universidade, sob a alegação de que não aprenderam nada durante a graduação.

Desconsidera-se, para este fim, a já obsoleta querela entre blogueiros amadores e jornalistas blogueiros sobre a qualidade da informação disponibilizada nos blogues. - Como se a informação oferecida pela mídia tradicional fosse assim tão crível e valiosa. E, mais absurdo, não se percebe que pluralidade da própria discussão on-line desmente o argumento.

Vamos gastar disposição, e deixar até este fato de lado.

Ainda sim, o argumento é risível:
Qualquer pessoa que eventualmente tenha considerado pensar deforma crítica o jornalismo que se lhe oferece, sabendo da hierarquia das redações, nota que jornalista algum escreve o que quer, seja ele diplomado, condecorado, pós-graduado faixa-preta ou recém alfabetizado. Cada linha de um jornal, cada matéria de programa de rádio, cada frame dos programas de televisão deve estar de acordo com a linha editorial. O Bonner não diz "Boa Noite" sem o aval do Kamel.

Quanto a reserva de mercado, seis mil jornalistas formam-se anualmente.
Oitenta mil profissionais estão empregados.
O jornalismo sofre com a crise econômica, não a das hipotecas norte-americanas, mas outra causa da pela obsolecência de seus métodos (A próxima eleição para a presidência do país deve ser bravamente disputada não mais nos debates do cátodo antiquado, mas no YOUTUBE e no TWITTER).
É um mercado agonizante.
Espero que resista, ainda quero ver as prensas funcionando, longe dos museus.
Não vai acabar, mas vai mudar radicalmente.
Quando? Sabe Deus. Ou o diabo, que é da jaez dos homens da imprensa.
Seja como for, definha.
Que há pra se reservar, cara pálida?

Eu me explicando melhor

Sobre o post "A choradeira do diploma" do dia 18, última quinta:

Admito, antes de mais nada, que cometi dois grandes equívocos. Primeiro, não organizei meus pensamentos no texto. Ficou tudo confuso e posso ter dado a entender que sou contra o diploma de jornalista. Se transmiti essa idéia, cometi o grave pecado para um aspirante a comunicador: não me fiz compreender. Me falta experiência.

O segundo erro, e mais grave, foi o de ter criado uma cortina de fumaça sobre o fim da obrigatoriedade do diploma, dando mais peso às reclamações de jornalistas e estudantes de jornalismo de que "agora todo mundo é jornalista" e "jornalismo acabou". E pela fumaça fui o primeiro a bater a cara na parede.

Me faltou a percepção de que naquele momento (e porque não? Até agora) o mais sensato seria me opor a essa absurda decisão do Poder Legislativo (que não tem capacidade de atender a população, quanto mais de perguntar sua opinião).

Acabei me deixando levar pela irritação de ouvir repetidamente argumentos sem fundamento de que a profissão acabou. Argumentos de pessoas que sequer refletem sobre a profissão, nem têm base teórica ou prática, mas têm prazer em se fazer de vítima e em seguida ficar de braços cruzados.

Por fim, quero deixar clara minha posição: não existe democracia sem jornalismo. Mas não pára por aí, como o STF quer fazer entender. Não existe democracia com jornalismo irresponsável. Para ser jornalista, o profissional precisa acumular uma série de conhecimentos de ciências humanas e diversos treinamentos práticos da área.

É ingênuo (por parte de leigos na comunicação) acreditar que para tornar-se jornalista é necessário simplesmente a prática. Cria-se assim um peão que mal sabe do que está falando e que apenas retransmite as valores que recebeu sem perceber.

É mentiroso (por parte do STF, de políticos e de empresas de comunicação) defender que a exigência do diploma é um desrepeito à democracia. Fere a Constituição? Ora, se a Constituição foi escrita há 21 anos, só agora Gilmar Mender percebeu isso? Desrepeito à democracia é permitir que uma pessoa sem o devido preparo teórico fale às massas com ar de dono da verdade.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Me explicando melhor

Então vamos brincar de disconcordar.

Pra começar, um mea culpa. Relendo meu próprio texto, vi o assassinato à retórica que cometi. Comecei criticando as lamentações de quem é a favor da obrigatoriedade, depois acabei defendendo a obrigatoriedade do diploma por alguns argumentos tortuosos.

Errei porque, provavelmente influenciado por algumas frases que ouvi, não aguentava mais argumentos sem conteúdo, senso-comuns [me pego numa dúvida quando a plural aqui], e a citada choradeira.

Talvez não fosse a melhor hora de problematizar as faculdades quando o que está fervendo é a questão profissional. Acabei fazendo uma cortina de fumaça, mas eu mesmo bati a cabeça na parede.

Também sou um dos que lamentam a decisão do STF. É estranho achar algo insconsticional, (olha só?) 21 anos depois que a Constituição foi escrita, como é o caso da Lei de Impresa. Acredito que a leitura da Carta não toma tanto tempo... não duas décadas.

Concordo com os argumentos do Thiago Teixeira. O lide de um grande jornal, sua primeira página, fotos, uma notícia no Jornal Nacional e um comentário no rádio têm o poder de eleger um presidente, como já aconteceu. Por isso, é necessário uma formação superior para manejar a notícia, filosofar sobre o fato, e mais ainda, ter consciência do que o jornalismo é capaz dentro da sociedade.

Além disso, é fundamental a criação de um conselho federal que fiscalize e puna os excessos e irresponsabilidades cometidas pelos profissionais da notícia. Diploma só não basta.

No entanto, um grave problema que sempre vai seguir a questão do diploma é o denotativo. Como definir jornalismo? O que é ser um colaborador do jornal? E o texto opinativo, pode ser escrito por um cidadão comum? Vamos pensar, por que não?

Sim, vamos protestar contra o STF, contra os oito juízes que não levaram em conta o suor jornalistico, contra os jornais e representantes de empresas da mídia que falam demagogicamente sobre democracia.

Mas reforço minha afirmativas do primeiro texto. Não vamos fingir que antes da votação desta quarta tudo era lindo e que as faculdade de jornalismo são perfeitas.

liberdade, e sua maldita polissemia

Vamos brincar de discordar.

Eu sou um dos que chora a queda da obrigatoriedade do diploma de jornalista.
É corporativista de minha parte, como seria um engenheiro civíl se algo similar acontecesse com sua profisão. Não me venha dizer que o trabalho de engenheiros é mais importante que o de jornalistas. Um lide da Folha, trinta segundos do Jornal Nacional, um comentário na CBN trazendo críticas negativas sobre a qualidade de um prédio e me diga então de que vale o esforço do diplomado calculista.

O que o STF nos apresentou novamente foi seu hábito de defender a liberdade de mercado, sob o demagogo pretexto de defender a liberdade de expressão.
Não é a primeira vez que isso ocorre, haja vista o projeto de classificação etária dos programas de tv elaborado pelo governo federal, multilado para que, no final das contas, permitisse que as empresas de comunicação se autorregulassem com sempre fizeram.
Não é a segunda, afinal, caiu recentemente a lei de imprensa, eliminando toda a legislação sobre o mérito, sem qualquer projeto para tratar de direitos de resposta , por exemplo. Fica à mercê dos donos da mídia ponderar sobre essas questões.
Nem será a última, logo a regulamentação da profissão entra em Pauta no STF. Jornada de cinco e sete horas, piso salarial, benefícios e direitos tabalhistas funcionarão à veneta dos Marinho, Mesquita, Frias, Civita e outros membros da aristocracia midiática.

Existe uma visão romântica da profissão que alega que muitos jornalistas não possuem diploma e ainda assim seriam melhores que os acadêmicos, cuja precária formação não lhes forneceria base sólida o suficiente para a exercerem a profissão. Exemplos não faltaríam , segundo Gilmar Dantas: o colombiano Gabriel Garcia Marquez, o peruano Mário Vargas Llosa e os brasileiros Machado de Assis e Nelson Rodrigues. Esses seriam importantes fatores para provar quão desnecessário é o diploma.

Os grandes exemplos citados Pelo presidente do STF são mais talentosos que qualquer jornalista no tocante à arte da escrita, não sou estúpido a ponto de discordar disso só pra defender minha perspectiva. Todavia, é um contrasenso óbvio: os mestres citados são reconhecidos por seus dotes literários, que , apesar de serem muito aprazivelmente próximos do fazer jornalístico, não o resumem nem se limitam a ele. E não seria por possuir o diploma que um dos quatro citados tornar-se-ia menos talentoso.

Aliás, se o problema é a falta de qualidade dos jornalistas formados pelas faculdades nacionais, que se lute então pelo aprimoramento dos cursos. Não faz mais sentido? Convenhamos, se mesmo formados muitos não estão aptos para exercer a profissão, o que embasa a idéia de que o estudo do jornalismo seria desnecessário? Tanto faz quanto tanto fez? a idéia é nivelar por baixo?

Números da Folha, dos quase 80 mil jornalistas do país, pouco mais de dez por cento não possuem diploma, dois mil a mais do que produz a indústria de focas nacional anualmente. Seis mil novos fomandos é um número absurdo de novos jornalistas, não há espaço pra tantos no restrito mercado. Diminuir as exigências para o ingresso neste é estupidez.

Há quem reclame que o diploma era uma exigência simplesmente retórica, já que muitos exerciam a profissão mesmo contra a regulamentação. Pois bem, se tantos já exerciam a profissão com a prática proibida, agora que há respaldo legal, não sei o que levaria uma empresa a contratar um jornalista para escrever sobre economia, se pode disponibilizar o cargo a um economista. E último terá mais credibilidade, obviamente. Azar de quem não souber o que vem a ser IGP-M/FGV ou spreads.

Para concluir, uma piada. o argumento principal do Gilmar Dantas,no Estadão:
"Relator do caso no STF, o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, disse que o jornalismo é uma profissão diferenciada, que tem vinculação com o exercício amplo das liberdades de expressão e de informação. Segundo ele, exigir o diploma de quem exerce jornalismo é contra a Constituição Federal, que garante essas liberdades."

Derrubar o Diploma não vai permitir a todos o acesso à expressar-se na grande mídia. Em mídias consideradas menos abrangentes, nada impede ninguém de lançar um blog na internet, por exemplo. Não é o diploma quer estringe a liberdade de expressão, portanto.

Pois é, deixoa pergunta: Agora que todos podem escrever jornais, você vai dar credibilidade para um jornal escrito por qualquer um?

A choradeira do diploma

STF põe fim à obrigatoriedade do diploma de jornalismo. Fim de um entulho da ditadura? Fim da profissão de jornalismo? Nem um, nem outro. É só falação.

Para começar, como assim entulho da ditadura? Então exigir diploma é algo antidemocrático? Faculdade de Jornalismo é algo elitista? Diria que é, mas longe de ser uma antidemocracia. Aliás, essa palavrinha mágica, a tal "Democracia" é tão mal utilizada pelos próprios jornalistas (nem se fala em políticos).

Mas e aí? Todo mundo é jornalista? Óbvio que não. Todo mundo é professor de educação física? Todo mundo é técnico de rádio? Bom, eu não.E antes de cair a obrigatoriedade? Quer dizer que antes era tudo tão lindo? Ético? O que tinha de jornalista que não fez faculdade exercendo a profissão... O que veio agora foi uma oficialização disso. Isso vai representar uma desvalorização da profissão? Vai haver exploração do trabalhador, menores salários? Bom, que eu saiba isso já existia... A coisa que eu mais escutava de jornalista era que trabalhavam por mais de 10h dia, e ganhavam mal. A exigência do diploma, enquanto durou, não criou um paraíso.

Tudo bem... e o cuidado com a notícia? Bom... é fácil falar que nos Estados Unidos, que possue uma imprensa bem mais democrática que a nossa, não há obrigatoriedade do diploma. Mas Brasil não são os Estados Unidos. Não se compara uma república (eu falando isso toda hora, ai ai) de 25 anos com uma de mais de 200.

Fazer o curso de jornalismo não vai fazer com que 100% dos profissionais ajam com maior seriedade e ética ao escrever uma matéria. Mas convenhamos que faculdade de jornalismo que praticamente são técnicas e pouco ensinam de teoria não melhoram a qualidade de um texto jornalismo... as vezes, longe disso.

Mesmo assim, o que se aprende na teoria numa faculdade (e que fora dela é tratado como "perfumaria", algo desnecessário) amplia em muito o horizonte de um profissional, evitando que ele se torne, como alguns queiram, um mero digitador.

Pelo menos jornalismo virou assunto (e olha que pra jornal falar de jornalismo é um sacrifício). Mesmo assim, é preciso refletir sobre o fim da obrigatoriedade do diploma, sobre a qualidade de uma faculdade de jornalismo e sobre o que se entende por democracia.

Ah, não. Eu não me considero jornalista.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

petro.com.bras

A Petrobrás vai publicar as respostas dadas pela empresa aos jornalistas em um blog, antes mesmo delas serem publicadas pela imprensa.

E o jornalistas não gostaram porque o blog traria somente a posição da empresa, e "furaria" o furo dos jornais.

Alguém me explica qual é o problema? Tem problema quando um site qualquer publica o que vai sair no jornal do dia seguinte? Por que uma empresa não pode trazer sua opinião antes? Isso é diferente de um comunicado da empresa publicado, às vezes, até na primeira página de um jornal?

A entrevista é um monopólio da empresa jornalística? Por que eles são contrários à publicação na íntegra da entrevista, das perguntas e respostas? Será que corre o risco da empresa mostrar o que não foi publicado? E qual o problema em mostrar o que não foi publicado? Tinha alguma coisa de errado com a informação impressa?

Eu, hein...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Enquanto isso, na Unesp...

Os alunos da Unesp receberam ontem à tarde um email do GAC, Grupo Administrativo do Campus de Bauru falando a respeito do projeto para construção do Restaurante Universitário (previsão para 2010) e da Moradia Estudantil (sem previsão, pelo menos no e-mail), que por sinal só tera vagas para 64 estudantes. Pouco não?

De qualquer jeito...

Que acham de receber esse e-mail bem na semana em que há greve de alunos da USP e briga entre eles e a polícia?

sábado, 6 de junho de 2009

alguém me explica?

O lobby da mídia grande vai derrubar a exigência do diploma de jornalista...
A tal da mídia grande é essa que vai falindo a medida que mais pessoas conseguem acesso a internet rápida, sabe?
Pois bem, essa mídia espaçosa é bem crítica à informação que não foi criada por ela.
Também não gosta de quem discute as informações que publica. Aliás, ela não gosta muito de crítica, haja vista a precária qualidade dos críticos que ela oferece (Arnaldo Jabor, Alexandre Garcia, José Neumane Pinto, Miriam Leitão, Datena... "crítico" nestes casos entra como uma catacrese) .

E a mídia larga usa como principal argumento em seu favor o fato de blogueiros -não blogueiros amadores como eu; blogueiros como inagaki, sakamoto, idelber, alon- não terem a formação e a estrutura que disponível aos seus funcionários. Como se houvesse muita gente no país com um currículo comparável ao do professor idelber avelar.

É um argumento que, existindo na prática, poderia ser considerado plausível.
Contudo, demonstrando a coerência que lhe é costumaz, a mídia obesa resolve brigar pelo fim da exigência do diploma de jornalismo paraque se exerça a famigerada profissão. Enriquecendo a lista de exemplos para explicar a expressão "tiro no pé", deve realizar seu intento, já que a decisão depende em grande parte de um famoso sócio seu.

Abdicando a exigência do diploma, paga-se menos e é possível exigir mais dos empregados, que estarão em maior oferta à medida que menos se requiser de seus currículos. E aí vem a pergunta de alguém que ainda engatinha no mundo do jornalismo e não compreende as peripécias das megalomaníacas redes de comunicação:

Contratando pessoas sem credenciamento acadêmico, a mídia holofótica não estaria perdendo justamente a qualidade que acreditam possuir? Não é essa suposta qualidade que os tornaria mais confiáveis que os blogues?


domingo, 24 de maio de 2009

sábado, 23 de maio de 2009

Haja paciência mesmo...

Cara Fechada

Depois da genial ideia da Reforma Ortográfica, vem aí a genial Reforma Política.

Tanto tempo que se fala nisso, e agora que a reforma entra em pauta, eles vêm com a ideia de Lista Fechada? Invés de votar no candidato querem que o eleitor vote no partido e esse formula a lista dos canditados.

Eu aqui achando que iam discutir questões eleitorais mais polêmicas, como os resquícios de Ditadura, que são: voto nulo e branco que conta pros outros candidatos e o voto em um candidato ao legislativo que elege outros membros do partido.No lugar disso, quiserem trazer outro entulho de ditadura.

Assim como a Reforma Ortográfica, essa reforma é como botar uma parede no meio da sala.

Lulululalala

E a imprensa continua falando do terceiro mandato de Lula (negado pelo presidente por mais ou menos trocentas vezes), mas o pior é que um monte de aliados seus apoiam a idéia...PMDBistas, petistas e afins dão declarações que só complicam o presidente.

Isso é falta de noção ou o que? Seria uma espécie de situação tentando causar problemas pra própria situação? Seria uma situação que segue as intenções da oposição?

CPIiiihhh

Depois do sucesso da campanha O Petróleo é Nosso, depois do sucesso da campanha de Auto-suficiência em petróleo, vem aí a campanha O Relator da CPI da Petrobrás é Nosso*, com a já bem sucedida auto-sufiência em história mal-contada.

A posse dessa nova companha tem briga intensa do PT, DEM, PSDB e, como não poderia deixar de ser, do Partido Mandatário Do Brasil, vulgo PMDB. E aquela foto do Vargas com a mão cheia de petróleo, como seria agora?

(*grifo nosso, encapado pela campanha o Grifo é Nosso)

terça-feira, 19 de maio de 2009

Piratas Somalis Deflagram Bandeira

Acordar sem ouvir o Alexandre Garcia é como ir a Paris e deixer de ver aquels mímicos meio bobos.

Hoje pela manhã , o auge de sua frase lhe permitiu dizer , em palavras similares, que a base governista alega que a C.P.I. pode desmoralizar a Petrobrás quando, na verdade, o que nada a desmoralizaria mais que empresas siderúrgicas e de telefonia que quando estatais davam prejuízo e, privatizadas, passaram a dar lucro.

Apesar da aberrativa frase, devo admitir que a honestidade de se posicionar parcialmente, em favor da oposição e das políticas neoliberais deve ser respeitada. Poucos o fazem. Já afagado, vamos à surra:

A petrobrás não dá prejuízo algum. Muito pelo contrário, a empresa, que em 2003 valia 15 bilhões no mercado, hoje é a quarta impresa mais respeitada do mundo e vale 222 bilhões... por que cargas d'água prvatizações a desmoralizaríam?

As tais privatizações , aliás, que supostamente deporíam contra a Petrobrás, são uma piada à parte: Fernando vendeu seu Vale e Telesp para uns caras aí... licitações duvidosas, diga-se, mas não nos foquemos nisso. Como foram pagas as privatizações? Com dinheiro do BNDES, emprestado aos novos donos das empresas. O BNDES não poderia ter investido a grana que usou para financiar a compra das empresas? E não foi justamente isso que os novos donos fizeram, já que não pagaram os emprestimos. E ninguém cobra nada? (acho que 10% alguém deve estar cobrando...)

Muito bom que as empresas privatizadas dêem lucro, pena que agora ele seja escoado para as contas dos donos e muito pouco disso venha para o país.

Tá rolando na Internet uma Teoria da conspiração sobre o interesse de se privatizar a Petrobras também... não sou muito fã dessas teorias, mas, sabe, ela começa a fazer mais sentido do que deveria.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Uma terra Dalí

O Brasil é meio bagunçado... sem novas.
A consciência dessa peculiaridade nos faz resignarmo-nos a certos absurdos que nossa história carrega.

contudo, isso não é exclusividade nossa:


é necessário legislar sobre cada coisa...
 

sábado, 2 de maio de 2009

Proibido discutir

A Marcha da maconha foi censurada em São Paulo , Salvador e e João Pessoa. Causa discussão, sensata e absurda. Envolvamo-nos , pois, que o bom da vida é bater boca.

É engraçado como o moralismo consegue se travestir de boa intenção.
Antes que julgue, não fumo nenhum tipo de cigarro. Respeito quem o faça, desde que seja respeitado.
Se houver tanta gente praticando pedofilia bem como há fumantes de maconha, convenhamos, seria , no mínimo um sinal deque algo deve ser revisto.

Tem bastantes pedófilos por aí. Qual há assassinos ou estelionatários também. Não são, obviamente, tantos quantos os que fumam ou bebem , nem o mal que causam estes a si mesmos pode ser comparado ao mal daqueles a terceiros.

O uso de drogas é mais próximo da sonegação. Impostos castradores (não por onerosos que são , mas por não serem aplicados como deveriam) tornam praticamente impossível que uma empresa ande na linha. Ainda não conheci uma empresa que o fizesse. Como deve prever, também não sou empresário .


Pois bem, quantas leis serão criadas para proibir que se beba ou fume? Quantas cidades vão repetir o exemplo de Ilha solteira ?Quantas vezes a mamãe disse que …

Será que, com uma carga tributária mais leve , ou , mais sensato ainda, que se os impostos fossem revertidos em serviços e infra-estrutura de qualidade, mais pessoas acertariam suas contas?
Não é provável que a maconha, comercializada como são o álcool e o tabaco, teria reduzida uma porção de problemas que sua ilegalidade acarreta?

e queria que alguém me explicasse que tem de pior um placebo a outro. Futebol é um vício que faz tanto mal quanto os três já citados. O único vício que não é nocivo à saúde é a leitura, mas esta torna as pessoas insuportáveis.

Às vezes a democracia é tão inconveniente…

quinta-feira, 23 de abril de 2009

policarpo barbosa

Ministros do Supremo Tribunal Ferderal deveriam ser pessoas famosas.
Para quem não sabe quem são de cor, eis seus nomes.
Dessas, duas de fato o são. 
Uma esteve em uma capa de revista tempos atrás, 
a outra é bastante r-e-c-o-r-r-e-n-t-e na mídia , eu diria .
são duas personagens emblemáticas.
Uma, por dizer aquilo quetantos queriam dizer.
Outra, por representar aquilo que todos cansamos de ouvir.



segunda-feira, 20 de abril de 2009

Não há o que Temer!

COLUNA CORRIDA

Não há o que Temer!

Calma, gente!!! Sem alarmes! Se nem o presidente da câmara dos deputados sabia direito como funcionava o uso das passagens aéreas de parlamentares, quem vai saber, né? Tá perdoado! Meu Deus, que confusão! E você, no avião sem nem perceber que era a única pessoa pagando a passagem, né?

Port of... ?
Lógico que não ia ter consenso na Cúpula das Américas! A reunião aconteceu numa cidade chamada Port of Spain, que nem fica na Espanha!

Que beleeeza!
O comentário de Milton Leite no jogo de hoje (Palmeiras 1x2 Santos) merece registro. Mádson pegou a bola empolgadamente dentro da área e na hora de completar, furou, pisou na bola e cai no chão. O narrador do Sportv emendou: - Ele ficou de cara pro gol e disse: "Agora eu vou se consagrar!"Que beleeza!

Família Maranhã
Nada como política em família, não é? E a família Sarney que já tinha vitórias em votações indiretas e diretas, agora tem mais uma marca invejável: eleição de segundo colocado! E o Jackson Lago ficou ilhado...

Uai?
Vida de político é algo impressionante né? Próxima de uma candidatura a presidência, Dilma Roussef, a mulher que nunca havia expressado uma emoção, chorou em discurso em Minas Gerais. Uai.

1968 x 0
Já reparou que TODO MUNDO lutou contra a ditadura? Todo mundo fez protesto, apanhou na rua, jogou rolha no chão pra cavalo da polícia escorregar, liderou movimento estudantil, carregou livro do Mao. Lutavam contra ninguém, pelo jeito, né?

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Em defesa de Cristóvam

Vou tentar não praticar o jornalismo empinativo [isso mesmo, aquele que empina a moral de algumas figuras], mas me senti na obrigação de defender uma posição.

A ideia do Cristóvam Buarque(PDT-DF) de sugerir um plebiscito pergutando se o povo é a favor do fim do congresso foi genial. Não quero ser puxa-saco, mas não tinha como não falar nada depois de ver políticos e imprensa duvidando de sua sanidade mental.

Me parece óbvio que ele não pretendia realizar essa votação. Por quê? Até uma pedra sabe [vi essa numa coluna também... mas não questiono o intelecto delas] que jamais haveria essa votação. Jamais o congresso permitiria isso, jamais o governo permitiria isso. E isso eu, DE VINTE ANOS*, tenho certeza! Imagino que Cristóvam Buarque tenha um pouco mais da minha idade, e um pouco mais de vivência para já ter alcançando essa minha percepção bestial.

Está certo que o povo muito provavelmente se diria contra o Congresso, talvez até votasse contra, numa simulação digna de Saramago. Mas você imagina a anti-campanha que haveria? Partidos gigantes se juntando pelo NÃO e apenas ONGs e pequenos partidos pelo SIM.

Enfim... teve muita gente achando que o papo era sério.

Foi na verdade uma contestação. Uma provocação digna de Monty Python [desculpa, mas ando assistindo muito]. Foi algo tipo: "Hey! Vocês acham que não estão olhando pra vocês? Acham que aprovam isso tudo? Acham que isso tudo é necessário? Esses gastos bilionários [tri?] são mesmo necessários, éticos?"


*19 para ser sincero