quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A questão de ser Brasileiro

Sergio Malbergier tem vergonha de ser Brasileiro.
Talvez tivesse mais orgulho se fosse conterrâneo de Freud, Einstein ou Kafka...
Logo de início, alega que o holocausto é incomparável à escravidão, por seu caráter genocida. A escravidão escolhia suas vítimas por fenótipos, não religião.
Mas não entro neste mérito.
Sergio só falou de holocausto pra dizer que ficou indignado com o presidente Lula, que recebeu o presidente"democraticamente auto-eleito" do Irã, que tem uma mania bizarra de negar uma das maiores atrocidades da História (e um dos temas mais explorados por hollywood) .
Não dá pra dizer que a diplomacia brasileira é assim tão genial (quanto esse egípcio ), mas, se o Obama estava encorajando o encontro, por que não? Alguém precisava falar com o cara. Diferente do que dizem alguns Republicanos, é com terroristas que se negocia (morre muito menos gente quando se sacrificam alguns neurônios) . Abrir fogo não deixa de ser uma forma (primitiva e estúpida) de negiocar , por meio da força. Normalmente acaba mal.

Esta semana a Veja tem uma capa com um passarinho invocado, criticando a atuação internacional do Itamaraty e de Lula em Honduras. O que atrapalha as contestações da revista é que nem mesmo o Micheletti fala mal da diplomacia nacional. E a Newsweek e a Time dão ainda mais moral pro ex-metalurgico.

Mais recentemente, seis deputados resolveram visitar Honduras. Foram negociar com terro... com a ditadura de facto . Raul Jungman, do PPS, se disse surpreso com as declarações (absurdas) de brasileiros em Tegucigalpa. Surpreendente também é o líder de um partido esquerdista criticar o governo do país por se opor a uma ditadura.

Como se pode perceber, a maior oposição ao Itamaraty está no Brasil, onde é possível sair do trabalho e se reunir com os amigos num bar qualquer para confortavelmente assistir ao Jornal Nacional.

P.S.: Esse post quase não saiu, por culpa do Roney.

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