sábado, 12 de setembro de 2009

A Folha e suas dificuldades com a livre informação

Chegar ao século XXI não está sendo muito fácil para a Folha de São Paulo.
Desde que os censores foram retirados de dentro de sua redação, o jornalão vem se atrapalhando com as coisas que publica e as medidas que adota.

A última do jornal mais vendido do país foi a censura aos seus escritores.
Jornalistas e colunistas da Folha não podem se pronunciar pessoalmente na Internet, segundo um comunicado interna. Em resumo , a circular diz que seus jornalistas e colunistas representam o jornal nas plataformas sociais e que não podem liberar os furos que o jornal publicará.

Seria aceitável de um jornal a tentativa de defender o conteúdo que produz. Contudo, tendo testemunhado , abaixo de seu nariz, o poder das ferramentas da web, seria muito mais sensato aproveitar-se deste fato. É tautológico que, se seus jornalistas divulgam mais furos, são melhores que os da concorrência. Quanto ao medo da divulgação de conteúdo, 140 caracteres não pode substituir uma matéria de forma alguma.

Restringir a utilização da internet por seus funcionários é limitá-los em sua liberdade de expressão, posto que um blog e o próprio twitter são pessoais e o conteudo só diz respeito ao(s) blogueiro(s) . Cerciá-lo deste direito não me parece a melhor forma de mostrar isenção, independencia e respeito à pluralidade de opiniões. E, como o vinil lutou contra o CD ou o rádio contra a TV, a Folha quer impedir o inevitável:


Pois bem, o locutor do vídeo e o Marcos Guterman tem questionamentos interessantes para o jornal. E o hibernante " O Biscoito Fino e a Massa", de Idelber Avelar, tem uma sugestão de Estatuto para a profissão dos blogueiros que eu realmente recomendo à editoria da Folha.

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