sexta-feira, 19 de junho de 2009

Me explicando melhor

Então vamos brincar de disconcordar.

Pra começar, um mea culpa. Relendo meu próprio texto, vi o assassinato à retórica que cometi. Comecei criticando as lamentações de quem é a favor da obrigatoriedade, depois acabei defendendo a obrigatoriedade do diploma por alguns argumentos tortuosos.

Errei porque, provavelmente influenciado por algumas frases que ouvi, não aguentava mais argumentos sem conteúdo, senso-comuns [me pego numa dúvida quando a plural aqui], e a citada choradeira.

Talvez não fosse a melhor hora de problematizar as faculdades quando o que está fervendo é a questão profissional. Acabei fazendo uma cortina de fumaça, mas eu mesmo bati a cabeça na parede.

Também sou um dos que lamentam a decisão do STF. É estranho achar algo insconsticional, (olha só?) 21 anos depois que a Constituição foi escrita, como é o caso da Lei de Impresa. Acredito que a leitura da Carta não toma tanto tempo... não duas décadas.

Concordo com os argumentos do Thiago Teixeira. O lide de um grande jornal, sua primeira página, fotos, uma notícia no Jornal Nacional e um comentário no rádio têm o poder de eleger um presidente, como já aconteceu. Por isso, é necessário uma formação superior para manejar a notícia, filosofar sobre o fato, e mais ainda, ter consciência do que o jornalismo é capaz dentro da sociedade.

Além disso, é fundamental a criação de um conselho federal que fiscalize e puna os excessos e irresponsabilidades cometidas pelos profissionais da notícia. Diploma só não basta.

No entanto, um grave problema que sempre vai seguir a questão do diploma é o denotativo. Como definir jornalismo? O que é ser um colaborador do jornal? E o texto opinativo, pode ser escrito por um cidadão comum? Vamos pensar, por que não?

Sim, vamos protestar contra o STF, contra os oito juízes que não levaram em conta o suor jornalistico, contra os jornais e representantes de empresas da mídia que falam demagogicamente sobre democracia.

Mas reforço minha afirmativas do primeiro texto. Não vamos fingir que antes da votação desta quarta tudo era lindo e que as faculdade de jornalismo são perfeitas.

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