segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Se a moda pega...

Seguindo a onda de referências as grandes guerras, um partido que deve amputar a mão esquerda de seus membros está pagando para que famílias italianas batizem seus filhos com os nomes (supostamente escolhidos de forma aleatória) Rachel e Benito. Para obterem o auxílio, um dos pais deve ser italiano...

Em terra deBerlusconi ninguém se assusta com isso.

Numa visão bem maniqueísta, vai o Chávez dar dinheiro pra quem batizar o filho de Fidel , ou Che.

Numavisão bem nacionalista... Já pensou o que a oposição ia falar se o governo resolve fazer uma bolsa-cartório? Coisa da ordem de R$ 50,00 pra cada rebento com batizado como Inácio, ou Dilma...   

Assinado por Salvador Dalí



Há certas coisas que, embora pareçam uma contradição, revelam-se mais como um drama de Pirandello, uma obra de Magritte ou uma peça teatral de Ionesco. Surrealismo puro, fatos do absurdo. Coisas que por seu aspecto trágico soam como uma comedia.
Veja a noticia que a Folha Online publicou nesse domingo 23/11.

Oito jovens judeus condenados em Israel por práticas neonazistas

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u471099.shtml

É ou não é Surreal? Não parece um pintura assinada por Dalí?


quinta-feira, 6 de novembro de 2008

um comentário otimista

Talvez eu esteja tomado pela cega euforia daqueles que de fato acreditam em mudanças efetivas por conta da eleição de um candidato cuja tez ebanesca virginalmente representará a família de maior representatividade de poder num já tão judiado planeta.

A escolha do primeiro presidente negro, hoje, não significa nada além de seu enunciado. O que já muito representa.
-Nada, porque ele é negro, e isso não o faz melhor, pior, nem mais capaz que McCain, Hillary, Mickey Mouse ou meu pai. Seu carisma e seus acessores são bons. Ele deve provar ser bom agora. 
-Muito, porque um bom governo democrata (o partido dele significa muito mais que sua etnia) derruba mitos conservadores que ainda colocam Bushes, Berlusconnes, Sarkozys e Paes no poder.

Otimismo?
Otimismo lhes mostro:

Obama tem grandes chances de não ser assassinado durante seu mandato.
Martin Luther King levou antes o tiro para que o Senador de Illinóis pudesse sonhar em ser um político algum dia. 
Para que o tom de sua pele, que a melanina altera o comprimento de onda de luz fazendo-o negro, pudesse parecer tão desimportante quanto a explicação científica das diferenças genéticas entre seres, humanos todos no final das contas.
Para que (décadas sobre a década do sacrifício do líder religioso, tão liberal, a despeito daqueles que dizem estar mais próximos de Deus quanto mais se prendem a velhos dogmas, por mais preconceituosos e antiquados que sejam) a pele pudesse ter a liberdade de não significar nada.

Eu - negro misto, descendente de Baiana cujo sangue vem dalgum confim da África; e de um paulistano, filho de mineira, cujo plasma das veias atravessou o continente num navio europeu, Deus sabe em que função, partindo de sei lá que porto- que nunca fui ativista racial, que sempre achei que um dia o preconceito acabava se eu não ligasse pra ele, fico feliz afinal em estar certo.
Minha covardia de sorriso amarelo-cortezia deu certo sim, porque, antes, alguns homens discordaram de mim.

Obrigado a todos. 
E todos agradecemos a Martin Luther King 

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Esse Menino Vai Longe


Obama venceu. Ele é o todo-poderoso do globo, o bambambam do FMI, o Al Capone da máfia do G8. Numa campanha arrojada e eficiente, ele deslanchou nas pesquisas, passou a Dona Clinton (na verdade, esta foi a verdadeira eleição) e hoje está a frente do Império do Capitalismo, prometendo dar um jeito (não sei qual e, pra falar a verdade, acho que nem ele) na crise americana.
Aparentemente, ele reunia tudo que a sociedade americana repudiava: era negro (os EUA têm um enorme histórico de preconceitos raciais, o senhor King, não o das guitarras, mas o pastor, que o diga) e descendente de mulçumanos (para quem o Bush direcionou a cruzada moderna). Só faltava ser comunista, coisa que Obama, claro, está longe de ser.
Resta-nos uma pergunta. Uma vez, um sobrinho de uma poderosa e riquíssima família americana (não me pergunte qual, sempre esqueço os nomes...) disse ao patriarca da família que queria ser "presidente da república", que respondeu: "Ora, esses empregos mais baixos deixamos para os empregados!". Se por detrás de Bush tínhamos os fabricantes de armas e as empresas petrolíferas como a voz mais eloqüente do governo, quem estará comandando Barak Obama? Pode ser pessimismo sugerir que os presidentes são marionetes, suscetíveis ao mínimo desejo de magnatas, mas essa é uma pergunta que deve ser feita: quem está por detrás de Obama? Respondendo a essa pergunta, muito desse próximo governo seria esclarecido.
Agora se instala um clima de otimismo, afinal, "o primeiro presidente negro foi eleito" e não poderia ser diferente, pois se aquele complô reacionário vencesse, nós, da Gália do globo, e o Oriente Médio estaríamos perdidos. Claro essa eleição, é um avanço na democracia americana, um marco histórico, mas qual bem efetivo será conquistado com sua vitória? São perguntas não fáceis de responder, que exige reflexão e também um tempo de maturação, como um vinho, para que se possa ser respondidas ou degustadas. Cautela, sempre.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

bom de mais pra não ser mentira

Obama está a onze pontos de vantagem do candidato do governo;
fez uma propaganda políica de meia hora em SETE canais de tevê a pagou U$ sete milhões.
seria um preço barato se estivessemos falando de um horário do tipo três da tarde, num desses feriados  que ninguém fica em casa.
Mas Obama e sua equipe fizeram isso num dia equivalente pra nós à final do brasileiro com corinthians e flamengo jogando com Sócrates de um lado e Zico do outro.
Obama tem maioria dos votos nos Estados Unidos mesmo sendo Negro. (e seu adversário é ex- militar!!)
Obama faz as pessoas se esquecerem que seu vice é ex-milico e meio lesado também...
Obama agradece todos os dias a Alá, Caipora, Buddah, Xuxa, Yemanjá, o inventor do LSD, Bob Marley, Boy George e qualquer entidade espiritual que em apoio à sua campanha convenceu o  comite republicano de que Sarah Palim poderia ser uma boa escolha pra vice presidente.
Obama sobreviveu nos Eua com o sobrenome Hussein.

Porfavor, não está óbvio que tem alguma sacanagem nessa história??
Ele deve ser o quinto cavaleiro do apocalipse ( o cavaleiro negro, que faz todo o trabalho sujo e depois os outros quatro aparecem pra levar a glória), ou tem poderes sobrenaturais.
talvez obama sejadono da globo...

eu passaria a ter medo depois do dia primeiro dejaneiro de 2009 

um pouco de escatologia, a contra gosto

Um uruguaio experimentando a justiça brasileira.

É só aqui que o torturador militar sádico maldito não é um animal em exinção.
Não há na fauna inteira aberração ou peste qualquer que o deseje em sua cadeia alimentar. A besta em questão pertenceria a outro tipo de cadeia.
É uma especie que se mistura bem com os indivíduos autóctones (espécie verde-oliva) nos encanamentos de tratamento de esgoto do país. 
Aliás, é o unico lugar onde são retidos.
 

domingo, 26 de outubro de 2008

Noite aparentemente calma na Vila...


Noite aparentemente calma na Vila...
O que se ouve é apenas o barulho de alguns carros passando na João XXIII, nem muito frio, nem muito calor, após um dia com muito vento, noite fresca... tranquila...
Sim, em véspera de eleição já está tudo decidido! Tudo já outorgado!

Alguns quilômetros do centro da capital paulista, vendo telejornais e navegando por alguns sites, vi que pesquisas como, por exemplo, Data folha e Ibope, já escolheram seus candidatos a seren eleitos (em São Paulo, por exemplo).

Fugindo de qualquer "teoria da conspiração" quanto ao eleger de candidatos nestas e em eleições passadas, só fico pensando no porquê de existir as chamadas pesquisas de boca de urna.

Não conseguindo encontrar qualquer resposta plausível em um primeiro momento, deixo aqui apenas algumas indagações que me restam nesta véspera:

Qual é o objetivo de informações como a de que um candidato M está 2 ou 40 pontos acima do candidato K?

Qual o foco/importância social na veiculação de tais notícias?

"Isso" é o que? Jornalismo? Propaganda eleitoral? Serviço?



Estará mesmo tudo decidido?







Noite aparentemente calma na Vila...

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

o inferno e nossas boas intenções

Houve uma tragédia em Santo André.

Três vidas foram diretamente alteradas. Outras tantas, familiares das três citadas, indiretamente, desde o incidente, não são e nem nunca mais serão as mesmas.
A polícia falhou.

São estes os consensos.


A partir daqui eu passo a divergir.

A polícia errou muito drante a negociação, mas não errou ao negociar.
Teve falhas grosseiras em suas ações, mas não falhou ao esperar o último minuto pra agir (ainda se discute o desenrolar dos fatos. Se assim como suponho desenvolveram-se, eu reitero minha opinião)

Tentou salvar três vidas.A vida de duas adolecentes e a de um criminoso.
Não deu certo. Falta experiência, falta aparelhagem pra dar certo.


No fim, os três sofreram. A jovem Eloá, indiscutivelmente, pagou mais caro.
No entanto, posso dizer que o aparato Estatal, especificamente nesta ocasião, respeitou os direitos humanos, fez o que pode, expondo suas deficiências, em busca da melhor saída possível.

Da maneira como se desencadearam os eventos, quem desrespeitou os direitos humanos, foi o assassino, Lindemberg, não o Estado.


Por não ponderar sobre o valor da vida das pessoas, aplaudo orgulhosamente a ação policial.
Não é cargo da polícia julgar. Não é cargo da população. Muito menos cabe à imprensa dar como unânime a opinião que endossa.

Há quem diga que bandido bom é bandido morto. Na grande mídia , infelizmente, é um raciocínio bastante corriqueiro. Especialistas, treinados na S.W.A.T., corroboram essa visão.

A S.W.A.T. é excelente para a comparação. Aparelhagem, treinamento, e recursos são bastante csemelhantes aos da P.M. paulistana, haja vista a paridade entre as forças da P.M., aparelhada com tudo o que possui, e a dos policiais civis, desarmadoseem menor número, lutando por reconhecimento edignidade salarial (pronto, se alguém se exaltou com minha defesa a P.M., neste caso eu a condeno).

Houve quem dissesse que sentia vergonha de ser brasileiro pela ação policial.
Vergonha eu sentiria se ela executasse bandido e vítimas como o sistema judiciáio gringo favorável a pena de morte anda fazendo.

Ora , é um crime passional!

Pimenta Neves está livre. Não se chama Lindenerg. Não há repórteres policiais na frente da casa dele.
É outro crime passional, não é?

Dois pesos e duas medidas? Ou será que , por Pimenta Neves ter sido por bastante tempo um importante homem de mídia, o crime dele seja mais leve?
Alguém viu a cobertura do enterro de Sandra Gomide? alguma comoção nacional?
err.... Alguém pensou em castas? 

bobagem minha, perdôe-me.




domingo, 19 de outubro de 2008

Com a palavra, o editor chefe

Espaço dedicado à coluna editor-chefe das Organizações Haja, o célebre jornalista Prefácio de Oliveira

Gostaria de estrear a minha coluna nesse espaço virtual analisando (um abraço respeitoso à Ana Lis, por sinal) o cenário político carioca sem deixar de contar um pouco da minha gloriosa trajetória de vida.

Vejo que a imprensa, ao apontar a liderança de Fernando Gabeira para a prefeitura fluminense,
bota fogo na sua imagem, associando-o sempre ao antigo revolucionário, seqüestrador do embaixador norte-americano.

Indignado, não posso me furtar a contar meu passado igualmente revolucionário, embora um pouco mais obscuro que o de meu colega candidato. Acontece que eu, igualmente jornalista e contrário ao mandos da ditadura, segui os passos do rapaz que vi na televisão, apontado como intelectual do seqüestro de Charles Elbrick.

Arquitetei um plano com meus colegas de auditório e na mesma semana do fatídico fato, invadi a casa do embaixador do Congo e o levei para meu apartamento, mantendo-o sob a mira de minha arma.

Assim como o relacionamente entre Gabeira e o embaixador Elbrick, envolvi-me emocionalmente com minha vítima e nós dois fizemos uma amizade bacana, bonita e que ninguém tem nada a ver com isso.

Mbambo, como ele se chama, me mostrou que a questão envolvendo embaixadores era mais em baixo e eu pude compreender a fundo (aí, como era grande seu poder de síntese) como era dura a ditadura.

Acometido pela síndrome de Estocolmo, Mbambo fugiu do cativeiro para a capital Sueca, sem nem me deixar um bilhete, fazer um telefonema, mandar flores, nem nada. Que insensível.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Tabuleiro Político 2


Dando prosseguimento a partida, quer dizer, ao texto sobre o badalado segundo turno das eleições bauruenses... Já comentei sobre o aristocrata Caio Coube, agora é a vez do "menino cabeludo".
Rodrigo Agostinho, 28, é jovem e exerce o segundo mandato de vereador em Bauru, tendo sido o mais votado na última eleição. É conhecido por sua atuação em defesa do meio ambiente e por seus projetos de desenvolvimento sustentável, apesar de hoje tais propostas serem secundárias em sua plataforma. Mas há uma serventia nessa idéia fixa de bandeira verde: Agostinho conseguiu forte adesão popular, o que lhe abre colunas para um mate.
Há grande contradição em relação à figura de Agostino: para uns, ele tem uma postura arrojada, para outros, é um mero aventureiro irresponsável. Começou timidamente a campanha, mas avançou sorrateiramente pela diagonal como um bispo e está no segundo turno. Apesar de ser um candidato que sabe lidar com as peças de alto e baixo valor no tabuleiro da política, seu movimento eleitoral é o de um cavalo, a única peça que consegue saltar sobre as outras, como fez ao ultrapassar os votos de Clodoaldo Gazzetta e Rosa Izzo e se consolidando como uma peça dinâmica, de ataque e defesa.
Agostinho, também, enfrenta o problema da viabilidade de suas propostas. Suas idéias são consideradas etéreas. E é nesse ponto que ele procura corrigir sua imagem para o segundo turno, mostrando que suas idéias eleitorais são palpáveis e que se realizarão com sua vitória. Ou seja, não basta só articular as peças para chegar a um lindo mate, é necessário uma objetividade, uma economia de lances e manobras para que a morte do rei não exija sacrifícios angustiantes.
As peças estão postas para o mate nesse segundo turno das eleições em Bauru. Tudo vai depender da visão de jogo de cada um dos dois candidatos. Não sei quem joga com as brancas, nem com as pretas. Aliás, não importa, há só uma dúvida lancinante, que arrebata os moradores da cidade, inclusive nós, universitários, que ficaremos um bom tempo por aqui, usufruindo dos prós (poucos) e dos contras (muitos): qual será o rei morto?