Não se pode deixar de criticar o panis et circenses que os governantes fazem com os grandes eventos esportivos.
Não se pode desconsiderar que a verba das obras necessárias pra esses eventos podem sofrer desvios e deperdício.
Mas , talvez acima disso , não se pode deixar de aproveitar oprotunidades de trazer para o país eventos que tanto aquecem a economia e desenvolvem a infra-estrutura de suas sedes por conta das ameaças que sugerem a nossa descrença nos nossos representantes.Isso é aceitar o "São todos iguais", juntar joio e trigo no mesmo saco , por que separá-los daria muito trabalho.
É o problema da supervalorização do voto. Não se deve trocar voto por cestas básicas, é claro. Todavia o voto, num sistema político parlamentar deve ser apenas a primeira parte da participação política do cidadão. Mais importante que votar , é acompanhar o que faz o sujeito que recebeu o bendito voto.
Se a população fiscalizar os seus representantes , cobrar deles seriedade e dedicação, não haverá motivos pra se questionar a realização de grandes eventos no país.
Há coisas mais importantes pra se resolver ?Sem dúvidas que há. Assim como as competições , elas demandam dinheiro e infra-estrutura. Esses eventos, se bem organizados, devolvem com grandes folgas o investimento que exigem e trazem benefícios não só para o desenvolvimento do esporte mas outros setores , como habitação e transporte.
Esporte e Arte , apesar de muito desprezados no Brasil por não apresentarem diretamente lucro, desenvolvem a educação do povo.Não é justo tirarmos essas oportunidades da população por que não fiscalizamos direito nossos representantes.
3 comentários:
Sou de pleno acordo. Porém, o nosso regime político, também conhecido como "democrático", é estruturado de tal modo que o poder de participação do eleitor-cidadão é extremamente limitado. Quando se diz que o poder político está nas mãos do poder econômico, se faz uma grande introdução da realidade social brasileira, quiçá mundial! A definição dada a "corrupção" numa postagem mais acima é bem explicativa. Desse modo, num país em que sua liberdade de expressão é aceita, nem sempre (ou quase nunca) se respeita a máxima "vox populi, vox Dei", e, se não for via mídia, como é o caso do programa CQC da Rede Bandeirantes, é preciso juntar um milhão de vozes pra uma frase ser ouvida.
Jota,
Concordo em partes com o que você disse, mas me preocupo, sobretudo, com soluções e visões que podem ser utópicas diante da realidade brasileira atual.
Talvez, leigo que sou, questiono a folga nas verbas que você citou, e o fato de a participação política do brasileiro, que deve obviamente mudar, ser um processo de maior prazo, de mudança educacional e até mesmo cultural, que demanda, ao meu ver, todo um processo.
Mas e ai? Enquanto isso, devemos ser críticos à participação política da maior parte dos brasileiros e “enfrentar as conseqüências”? (sem querer ser extremista).
Cara , temos que nos preocupar , de fato.Só que não podemos deixar como está.Não podemos deixar de promover eventos ou realizar obras por que os políticos podem estar armando esquemas e desvios.
Não é pra aceitálos.É pra fiscalizarmo-los!
É pra fazer o povo parar de achar que voto faz alguma diferença na democracia, mas a atuação política da população.Só quando o povo cobrar dos eleitos que sejam representados e que tenham suas leis respeitadas é que as coisas vão funcionar.
Com fiscalização pesada, nem o maluf vai conseguir desviar dinheiro!
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