alguns fatos estruturais:
- educação falida nos estados do sudeste, que veem o restante do país como floresta amazônica;
- mídia viciada em estereotipos preconceituosos:
Se em jornais, brasileiros de fora do sudeste são interioranos pitorescos ou vítimas de violência;- tradicional preconceito regional do sudeste, que acredita ser " a engreagem principal do país" e que o resto da população sobrevive às suas custas;
Se em novelas, os brasileiros em questão são sempre ligados a profissões pouco valorizadas, e, se nos principáis papéis, se apaixonam por alguém rico e do sudeste;
Em ambos os casos, o sotaque é caricatural e absurdo;
- visão elitista predominante de que políticas assistencialistas sustentam vagabundos, disperdiçando dinheiro público (quando na verdade geram lucro e desenvolvimento);
- mídia (grande e mesmo independente) que se propõe nacional mas que geralmente subjulga regiões norte, nordeste e mesmo centro-oeste;
- preconceito histórico contra pobres e a associação indireta a imigrantes internos por conta dos sub-empregos que lhes foram ofertados e as condilções de moradia às quais foram submetidos;
fato circunstancial:
- Thomas, da banda de RockConfetti Restart, afirma não saber se há civilização em Manaus;
Quais desses seria alvo mais coerente para uma crítica que vise respeitar a identidade nacional e apontar para a resolução de um dilema delicado que é o preconceito regional interno no Brasil?
Se você é uma estrela geriátrica do rock cafona e que está desesperadamente precisando de Ibope de adolescentes coloridos pra garantir seu emprego na cada vez mais mamônica MTV, a resposta é fácil. Vamo bater no Restart.
Se você é um blogueiro no final do curso de jornalismo, é melhor ignorar todos os temas estruturais, e ainda o circunstâncial, e bater na estrela caduca do Rock, cujo som nunca te agradou, tão pouco suas opiniões em busca de polêmica gratuita. De repente você consegue uns acessos da molecada...
2 comentários:
Se você é um blogueiro no final do curso de jornalismo, "igorar" nem é verbo.
De foto, igorar não é mesmo um verbo, independente de eu estar nop final do curso ou não. Erro devidamente corrigido, obrigado.
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