A ordem do dia no comitê Tucano é tuitar qualquer coisa com a hashtag #ficaAgnelli. Do lado Petista, sem muito ibope, o mote #foraAgnelli quer fazer frente aos rivais.
Como é natural na rede do passarinho azul, gente que se afina com um partido ou outro entra no debate, mesmo sem entender muito de economia. Como é ainda mais comum, gente que quer divulgar links se aproveita da popularidade do tópico dificultando cada vez mais saber do que se trata.
Apesar do jeitão da Tag, o famigerado não é um bigbrother no paredão. Roger Agneli é o presidente da Empresa/cabo-eleitoral Vale do Rio Doce. Deu no Estadão que o Palocci teria pedido ao "Bradescoprev" pra ele sair. O Palocci nega, mas não seria um boato absurdo, uma vez que a intervenção já era prevista antes mesmo da eleição de Dilma. Brigar com o Palocci não é bom. Uma galera ficou meio revoltada com a possível intervenção e começou a reclamar.
A Vale é sede de uma série de debates que caem na disputa "Ação do Estado X Autonomia do Mercado". Apesar da segurança com que o pessoal resume sua opinião à 140 caracteres, o assunto é tão complexo que o Nobel de economia vai uma ano pro #teamState e outro pro #teamMarket.
A treta é a seguinte: O Estado te garante o salário mínimo, que sem ele, os empresários não te pagaríam nem essa merreca (ou você acha que pagariam?). Mas quanto mais alto ele for, mais caro será o custo de vida, já que as empresas repassam o preju pros preçõs de seus produtos. Esse resumo é como tentar colocar um cd inteiro do Pink Floyd num refrão do Ramones.
E sai no Brasil Econômico que, na real, querem a saída do Agnelli por causa da compra da produtora de cobre Paranapanema. Eu, modestamente, duvido que uma divergência sobre uma empresa tão pequena gerasse tanta polêmica.
No final das contas, a briga é pelo controle da empresa. O Estado está se portando como um acionista insatisfeito, bem ao gosto do mercado. Curiosamente, os liberais estão querendo impedí-lo.
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