Há uma conspiração midiática contra um dos rituais mais antigos da civilização universitária, O Trote (as maiúsculas com ares simbolistas, aprendi com Mestre Paulo, dão uma mística bacana).
Eis que hoje se encontram impressas e radiodifundidas duras cíticas aO Trote.
O argumento comum, uns malucos que degradaram seus bixos além dos limites impostos pela Convenção de Genebra em uma faculdade de Leme.
Explico a intenção da conspiração:
Não são todas as faculdades que seguem a Tradição do Trote.
Apenas algumas , onde o fato de ser aprovado signifique muito esforço ,um tanto de sorte e algum mérito (e algumas outras também).
O Trote é bem isso , um ritual de passagem , simbolo de ma conquista , uma transformação.
Daí o porquê de nem todo lugar ter Trote: é um símbolo de distinção das grandes faculdades.
Sem querer desmerecer qualquer instituição, posto que o status de grande instituição não quer dizer mais que simplesmente status mesmo, prossigamos.
Boa parte das faculdades que não tem trote anunciam suas vagas em jornais e televisão.
Como bem se sabe , merchandiesing melhor que o jornalístico está pra se fazer.
Também sabemos que o código de ética do jornalismo não permite que se contrarie um anunciante.
Para essas faculdades que não têm trote e que fazem anúncio de suas vagas, o fim do Trote significa o fim, ou pelo menos uma grande amenização dessa diferenciação.
Os jornalões, cooptados pelo interesse daqueles que levam o corissant e o tinto suave à mesa de seus donos, fazem campanha para mobilizar a opinião pública contra o ritual , valendo-se de dois ou três exemplos de selvageria e estupidez para condenar a prática que ocorre sem maiores transtornos nas inúmeras faculdades do país.
opinião pública mobilizada, o lobby para convencer vereadores e deputados flui muito mais facilmente, e, em pouco tempo, criminalizado estará.
E é em defesa de uma Tradição com origem nos primórdios da civilização universitária que levanto minha voz contra uma conspiração inescrupulosa tramada por mídia e universidades anunciantes.
Universitários dos termos todos, uni-vos!
2 comentários:
Nossa, isso está se fazendo muito real mesmo!
Eu acho lamentável! Hoje na hora do almoço, Jornal SPTV, estava passando uns alunos que sofriam com trote, mas o curioso é que eram alunos de 15 anos, provável oitava série, ou primeiro ano do ensino médio.
Ai é que está, será modinha falar de trote? A mídia só percebeu agora que existe bullyng? Será que o Bullyng nas escolas do ensino fundamental e médio tomou nova cara?
É lamentável a violência, é claro, mas também é da mesma forma a ilusão quanto à perversidade total transferida ao trote.
Bom, não sei o que está acontecendo, mas se criminalizarem os trotes teremos de deixar os trotes de lado e aderir a "Eventos Universitários de REcepção aos CAlouros"... haha
Quem sabe assim resolve...
Sobre o comentário do Musta: trote já é criminalizado por lei.
Sobre o post: olha jota, tem trote MTO forte em facul sem o menor prestígio e reputação, por isso não concordei muito com o que você falou sobre a ligação grandes jornais/algumas faculdades. Mas que parece que tem uma certa perseguição com as pública é verdade.
Concordo plenamente que a grande mídia exagera em notícia. No site do Estadão tinha a manchete "aluno sai de trote em cadeira de roda". Lendo a notícia se descobre que ele passou por cauda do CALOR.
Agora (momento conservador), nós sabemos que não é TODO mundo que sabe brincar - vamos fingir que não sabemos nomes - e que tem pessoas dessas em qualquer lugar. Trote é mal compreendido tanto por quem nunca passou por uma facul quanto pelo veterano futuro.
Eu não sou contra o trote, acho uma coisa que pode ser muito bacana, integradora e divertida, mas acho válido denúnciar abusos.
De qualquer jeito, mto bom o texto, cara
Abraço!!!
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