sexta-feira, 23 de abril de 2010

PRIMEIRO DIA

O primeiro dia em Buenos Aires já está acabando e a primeira impressão está sendo melhor do que esperávamos, eu e minha irmã.
A cidade me pareceu um tanto quanto "clássica", muito me lembrou o centro velho de São Paulo com os prédios antigos e a arquitetura característica, apesar de serem um pouco mais conservados e frequentes.
Engraçado ver que há muitos carros de modelos antigos... Talvez a promoção de Fiats 147 e de monzas foi bem maior em Buenos Aires do que em São Paulo há uns 40 anos atrás.

Dois impactos me chamaram a atenção hoje... O primeiro foi com a imposição da gorjeta pelo funcionário da empresa de "Taxis", o que me fez pensar se éramos talvez maleducados (por não ter essa predisposição automática à todos) ou se a imposição deste que fora despropositada. O segundo foi com a dona de nosso apartamento (Uma senhora viajada - pela américa latina - com seus 61 anos, que dá aula de francês e que parece ter como seu maior lazer o "hablar") que disse que éramos uns brasileiros diferentes... a ela deve ter parecido que erámos mais tranquilos, que deveríamos fazer menos algazarras... Imagino que ela nos tenha elogiado, mas uma visão pejorativa meio bizarra dos brasileiros... Eu imagino.

No mais fizemos a clássica visita à Casa Rosada (com exposição comemorando o bicentenário) e à Feira da Rua Defensa, "Feira de San Telmo" (com coisas muito loucas, músicos jazzistas, museu afro) que são passeios bem legais.

Engraçado pela sensação de que ainda somos turistas que ficarão mais alguns dias, brasileiros ainda mais ligados ao mundo particular que nos originou do que ao que os recepciona, e estranho pensar que as pessoas no veem como "extranjeros". A língua é uma coisa muito maluca e, apesar de poder ser óbvio para alguns, é curioso observar que a mesma coisa dita em castellano não é a mesma coisa, e certamente nunca vai ter o mesmo significado, que sua tradução para o português.

Apesar do que há de dizer minha irmã, a comunicação está caminhando e entendo a maioria das poucas coisas que ouvi.


Beijos e abraços.

Saudades, saudades...


Gabriel Salgado "Musta"

Nenhum comentário: