O retorno de debates inacabados
O habitualmente bem feito caderno LINK, do Estadão, traz um texto muito bom do Pedro Dória sobre o que poderíamos chamar de enquadramento na internet (assim que estiver on-line e eu revisitar o haja, eu posto o link).
A idéia é que os provedores, através do poder de definir que sites e usos da Internet podem ser acessados com maior ou menor velocidade, determinariam o conteúdo a ser visitado pelos internautas.
É uma ameaça real. Suponha a situação: você tem seu site de buscas e percebe que , através do UOL, por exemplo, é sempre demorado acessar seu site. Você troca idéia com o pessoal da UOL e descobre que, se quiser tornar a visita ao seu site mais ágil, vai ter que liberar uma grana pros caras. Você pega todas as suas economias e investe. Se o BING o a Google resolvem pagar mais e dizer pra UOL deixar todos os concorrentes lentos, GAME-OVER. É assim que funciona.
Injusto? Pois é. E ainda não se tem definido como controlar o bicho. O problema é um debate velho pra quem gosta de política e economia: Quem deve cuidar do caso? Estado ou Mercado?
A Mão forte do Estado poderia proibir ou regulamentar a prática, mas corre-se o risco de uma regulamentação excessiva, o que prejudicaria provedores e, por conseguinte, usuários. No entanto, deixar o Mercado resolver a parada pode significar concentração de poder, tal qual acontece com outras mídias .
Mire-veja, o problema pode ser ainda maior: Ano de eleição, um candidato é amigo dos donos de determinado provedor: que tal se eles deixarem lerdo o acesso aos sites e blogues de propaganda dos rivais? Tá aí um debate que não pode passar em branco. Ser dono deprovedor deve dar um dinheiro danado numa hora dessas. Esperem o bafafá.
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