Ele faz 5 perguntas sobre eleições que eu me atrevi a discutir (na verdade 4, que a última exigiria um conhecimento sobre pós-modernidade que eu jamais fingiria possuir). De pensar nas respostas, surgiu meu interesse no fundo partidário.
É aquela grana que os partidos recebem do Estado pra se bancar (mais os trocados das doações). Antes chingar os malditos e dizer que os impostos deveriam ser usados pra outra coisa, um partido político é uma instituição importante para a democracia. Seria importante que o Estado garantisse sua existência.
Seria, porque deveriam garantir a liberdade política de todas as ideologias presentes no país, assegurando assim a liberdade de escolha do cidadão. Utópico bagarai. Vamos falar de realidade agora:
Os partidos não representam ideologias. Como tudo que sobrou para este miserável planeta, eles são empresas. Tal qual existem Nikes e Adiddas numa loja de calçados, seu partido figura o horário político. Cada produto tem sua vitrine adequada.
Seu governante é um produto. Bem como existem tênis pretos e brancos, masculinos, femininos, all-stars, de couro , de plástico, rígidos ou maleáveis, assim são seus candidatos. Em comum, são descartáveis. Com a diferença que um tênis não dura 4 anos nem na gaveta.
Agora posde chingar os malditos: cada partido tem um CEO e um conselho que não vai sair do poder. Pode votar à vontade. Não os culpe, você não largaria o osso também. Eles recebem uma bolada todo ano, e não é pra menos. Senão , em quem você votaria?
O Fundo Partidário é o que fecha a conta das campanhas. Tanto que, para a campanha mais cara da história, o rechonchudo subsídio engordou 65% (parlamentares gostam dessa porcentagem, né?). Resgatando o Chico Anysio, e o humor televisivo, ido há tantos, "e o salário, ó...".