sábado, 16 de outubro de 2010

Quem vai limpar a bagunça?



Mesmo sendo um cara de muita fé, quando observo o panorama atual, sinto um forte desânimo. Muito a se fazer, muita sujeira, ninguém sabe como se chegou a esse ponto, nem sabe quem fez isso, quem deixou de fazer aquilo - quando sabe, deve algum favor para os culpados, e aceita o pacto de silêncio. Seja como for, ninguém toma providências para contornar a situação.

A pressão por reforma é intensa, mas já não se espera muito dos que deveriam resolver o problema, tanto que nem são mais cobrados pela solução. A sujeira vai se acumulando e a conivência nos torna igualmente culpados. Alguém reclama aqui, outro acolá, mas "é melhor não chiar muito que algum podre meu pode aparecer"!

Ficamos à espera de uma ação do terceiro setor, de alguém que se disponha a resolver tudo, gesto tão é tão raro quanto árvores paulistanas. E quando aparece alguém querendo mudar tudo, quer tudo do seu jeito, não aceita negociar, o que sugere um cenário pior do que o atual. Como ninguém tem tanta coragem pra se envolver em tamanha bagunça de graça, ficamos nas mão do setor terciário, que cobra, e caro, bem caro.

Ainda assim, espero de forma mui cristã que, em 10 anos, eu possa ver a cozinha da República em que moro sem essa pilha monstruosa de louça, talheres e fungos que se hospedaram na nossa pia!

Um comentário:

Renato Diniz disse...

genial!
texto saindo de um caso cotidiano se expandindo pra o contexto global eu já aos montes, mas um no caminho contrário é novidade!