Mesmo sendo um cara de muita fé, quando observo o panorama atual, sinto um forte desânimo. Muito a se fazer, muita sujeira, ninguém sabe como se chegou a esse ponto, nem sabe quem fez isso, quem deixou de fazer aquilo - quando sabe, deve algum favor para os culpados, e aceita o pacto de silêncio. Seja como for, ninguém toma providências para contornar a situação.
A pressão por reforma é intensa, mas já não se espera muito dos que deveriam resolver o problema, tanto que nem são mais cobrados pela solução. A sujeira vai se acumulando e a conivência nos torna igualmente culpados. Alguém reclama aqui, outro acolá, mas "é melhor não chiar muito que algum podre meu pode aparecer"!
Ficamos à espera de uma ação do terceiro setor, de alguém que se disponha a resolver tudo, gesto tão é tão raro quanto árvores paulistanas. E quando aparece alguém querendo mudar tudo, quer tudo do seu jeito, não aceita negociar, o que sugere um cenário pior do que o atual. Como ninguém tem tanta coragem pra se envolver em tamanha bagunça de graça, ficamos nas mão do setor terciário, que cobra, e caro, bem caro.
Um comentário:
genial!
texto saindo de um caso cotidiano se expandindo pra o contexto global eu já aos montes, mas um no caminho contrário é novidade!
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