quinta-feira, 27 de agosto de 2009

As regras do jogo

Ninguém deve ter se esquecido da situação em Honduras, acredito.
O presidente foi deposto à baioneta por tentar realizar um plebiscito sobre a possibilidade de reeleições no país. Evidente, Zelaya tinha grandes interesses na realização do plebiscito, e pode ser criticado pela controver-sa medida, mas daí a considerar legítimo tomar-lhe o cargo e extraditá-lo e coisa de lunáticos.
Zelaya é um esquerdista. Tal qual se diz Chavez, um lunático que censurou a mídia de seu país ( que nem o Sarney) e transformou a Venezuela em sua Neverland. Evo também é fã de Marx, também é censuradíssimo por ter aspirações à reeleição. Ahmadinejad, também afinado com os ideais bolcheviques, é um estadista terrorista, que muito provavelmente forjou sua vitória contra Mousavi nas eleições presidenciais iranianas e está oficialmente reeleito.
Todos foram acusados de possuirem tendências ditatoriais, e são acusações justificáveis para os três últimos. A mídia bate brasielira de mão fechada nestes.

Contudo, o alinhadinho Alvaro Uribe, que pretende instalar com Obama umas basesinhas dos Marines na América do Sul, também curte esta idéia de poder perpétuo e vai tentar mudar a constituição colombiana para eleger-se pela 3ª vez. A mídia brasileira, que prima pela liberdade e pela democracia o que faz?

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O truque do inimigo externo

Quando as coisas andam muito complicadas dentro de casa, o jeito é dizer que o problema vem de fora. A tática é bem velha.

Contudo não se desgasta. E o Irã, que já foi um dos cordeiros de Bush, a assiste novamente.
Ahmadinejad aprontou mais uma das suas, ao chamar para ministro de Defesa o senhor Ahmad Vahidi , acusado pela interpol de comandar o ataque à Associação Mutual Israelita Argentina em 1994.
Assim, arranja um diabo mais feio que ele para a mídia cuidar, na tentativa de apagar os recentes constrangimentos causados por sua duvidosa reeleição.
Literalmente, uma afronta à Argentina e Israel.

Uma afonta que não vem em má hora, diga-se:
Kirchner não está muito bem avaliada na Argentina. Um saco de pancadas como Armadinejd, que ainda dá o baço pra bater, traz algum alívio com a imprensa, que tem o braço bem pesado.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O que esperar da Folha?

Quando se lê uma postagem como esta no blog de um membro de conselho editorial de um jornal , passa-se a entender como agressões como esta possam ser publicadas.
A folha de São Paulo não é um jornal sério.

tratemos deste absurdo mais recente:
É plenamente legítimo que se questione Dilma Roussef sobre o que teria dito para Lina Vieira, defendo a acariação das duas inclusive; A candidata do PT deve ser cobrada como ministra-chefe da casa civil que é; Sobre as obras do PAC; sobre problemasdo PT , enfim, sobre qualquer questão políticaem que esteja envolvida, é crucial que a mídia explore seu poder para obter esclarecimentos.
Daí a questionar sua feminilidade, é um ato tão baixo quanto a tentativa de Marta questionar a sexualidade de Kassab. Julgar candidatos pela aparência foi o que levou Collor ao poder. O povo é às vezes manobrável por estes artifícios. Os jornalistas deveríam se opor a isso. Este trecho da postagem de Marcelo Coelho ( o sobrenome é bem conveniente, diga-se) e o mais lamentável:
"Nenhum charme nasce de Marina Silva. De certo modo, é o negativo de Dilma Rousseff, cuja ausência de charme não passa despercebida a ninguém.
Resta Lina Vieira. Foi, afinal, massacrada no Senado por Romero Jucá, líder da base governista. Tornou-se frágil, delicada, do jeito que todo homem espera de uma mulher. Triste e bonito destino."
Bachelet é atraente? Angela Merkel? Condoleezza? São frágeis e delicadas?
É patético de tão machista o discurso de Marcelo. Qualquer poste percebe a ironia da última frase, mas não deixa deser machista por isso: apesar de criticar a situação submissa em que esteve LinaVieira, quando exige mais charme das mulheres que se candidatam (ao satirizá-las por não serem tão atraentes quanto as moças que devem figurar o papel de paredes de seu banh... imaginário), resume o poder feminino de conquistar votos à aparencia ou aos parentes políticos destas.

desendosso...

se eu endossei a candidatura da Soninha anteriormente, hoje devo corrigir-me.
Soninha aindaé uma cabeça ase respeitar, mas sua postura política decepcionou-me.
Um pretenso partido Socialista que alinha-se com o PSDB para apoiar Serra e opor-se ao PT não pode ser levado a sério. Soninha, a quem admiro por dar sua cara às causas que endossa, até pela contraditoriedade da situação, não parece estar tomando tão nobre atitude neste caso.

Acredito que os jornais deveriam ter um mínimo de decência e declarar seus candidatos (é uma formalidade, posto que não se faz necessária grande inteligência para "desvendá-la"). A isenção e a imparcialidade não são complementares. Aliás, quando um jornalista declara seu endosso, disponibiliza ao seu leitor a avaliação de sua isenção.
Escondido atrás do mito da imparcialidade, se (supostamente) não favorece ninguém, não seria possivel ter sua isenção questionada, argumento este que defende a maior parte das redações do país. Oras, como diria Mino, "é de conhecimento até do mundo mineral" que imparcialidade não é o forte do jornalismo tupiniquim, São sempre perceptíveis os protegidos da mídia (e os protegídos são sempre os mesmos, diga-se), e, sendo assim, não há como sustentar tal silogismo.

Não acredito em isenção sem endosso. Mas, por hora, não tenho candidatos, só o evidente viés centro-esquerdista, que tende à social democracia. Quando houver candidatos, por uma questão de honestidade, aviso.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

“Desmembramentos”




Ah!que bobagem
as rosas não falam
simplismente as rosas exalam
o perfume que roubam de ti
devias vir
para ver os meus olhos tristonhos
e quem sabe sonhavas meus sonhos
por fim



Faz alguns dias que vi um daqueles vídeos que impressionam e que aliás, não consegui sequer terminar de assisti-lo no Blog do dia 11 de Agosto de Gerald Thomas. (http://colunistas.ig.com.br/geraldthomas/). Uma espécie de vídeo-denúncia sobre a maldade que alguns são capazes de fazer com os seres ao nosso redor, neste caso, com os “melhores amigos do homem” (Arrancando o couro do melhor amigo).


Revoltado e triste com o que não conseguiria esquecer por algumas longas horas dos dias e noites que se seguiram, mandei um e-mail impressionado e indignado para uma amiga jornalista ambiental, Ana Carolina “Bial”, que me respondeu algo que me fez pensar ainda mais:


Como isso tudo devia ser para o animal. Tem um filósofo (Humboldt) que pensou o inverso: o que isso significa para o homem ‘A civilização de um povo avalia-se pelo modo como tratam os animais’. É a conclusão dele. E tem pesquisas que concluem que o perfil psicológico de quem maltrata animais é o mesmo de estupradores! Isso é que animal”



Escrevo esse post talvez inspirado pela atrocidade deste vídeo somada com um final de férias suínas e começo de madrugada monótona e ao pensar e viajar (ouvindo a música cantada por Paulinho Viola) que ultimamente nem as rosas, nem os “melhores amigos” falam, simplesmente exalam, o perfume que roubam, que nós, por muitas vezes, roubamos...



quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Uma correção

Ontem, precipitei-me.
Permiti-me uma pretenciosa fé no senado, coisa de principiantes (como não deixo de ser).
Eu achei que dois velhos cânceres estavam para ser eliminados do cólon do útero de nosso Estado.
Um dos tratamentos está indo bem, um nódulo persiste, mas falta pouco, espero.
Contudo, nosso senado infelizmente não tem muita vocação prà oncologia.
Não me atentei para as doenças preexistentes.
Sarney é do PMDB, que manda em 1202 prefeituras.
É um partido que não se importa muito com a opinião de dissidentes.
E, pelo visto, a exemplo da Academia Brasileira de Letras, nem com a opinião pública. Nem precisa...
Prefeituras se conquistam com alianças, as mais variadas, o partido nem sempre conta muito.
Se mantiver suas prefeituras, mantem seu tamanho.
Enquanto for grande, continua a eleger senadores e deputados, e a possuir cadeiras importantes como presidência da câmara e do Senado.
Não almeja cadeiras maiores, como a federal ou as 26 estaduais.
Muito expostas, é muito mais difícil de encobrir os desparates e desmandos de seus membros.
Pois é, acho que me equivoquei no começo do ano também.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

desapegado a coisas materias...

Hilário o senhor Paulo Maluf.

A sua situação fiscal (por assim dizer) está cada vez mais complicada.
Não é dificil imaginar que terá um fim similar ao de seu ex-companheiro de ARENA.
Para se defender, Maluf alega que não possui dinheiro fora do país e o oferta a quem encontrar.
A oferta, que aos mais inocentes atestaria sua inocência, não é tão arriscada assim.

Simples: o dinheiro que POSSUIria no exterior nunca foi seu e, parado no exterior, nem está sendo utiliazdo , mesmo...
E, em definitivo, se for encontrado, esse dinheiro acabará com qualquer álibi do ex-prefeito, será a prova irrefutável de seus desvios, hoje não tão famosos quanto bebebês e outras celebridades, mas ainda não esquecidos. Sendo assim, se os prováveis ganhadores dessa bolada, os promotores Silvio Marques e Saad Mazloum, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público da capital, não poderiam de forma alguma ficar com a grana, já que ela deverpá ser devolvida aos cofres públicos.

O Maluf engana até quando perde, se é que perde.
Finalmente acredito que ele possa perder.