quinta-feira, 30 de julho de 2009

Emdããrb!

De acordo com o jornal Bom Dia, o presidente da Emdurb [que administra o transporte público de Bauru], José Rodrigues da Silva anunciou a próxima melhoria em seu setor:

Já que não é possível ficar contratando cobrador para o ônibus coletivo [até porque pagar com cartão é um charme, né?], os ônibus serão monitorados por GPS!

O presidente da Emdurb até disse: "Isso não é gastança. A cerca eletrônica vai checar se os motoristas estão cumprindo suas rotas".

Agora me responda se você já ouviu as seguintes frases e reclamações:
1-Chefe, o senhor num sabe o que aconteceu! O motorista do ônibus que eu peguei foi parar lá em Botucatu, e eu acabei me atrasando!
2-Atenção! O ônibus coletivo linha Tangarás está desaparecido!
3-Não converse com o motorista. Ele ainda não aprendeu o caminho direito.
4-Ihh, o ônibus atrasou porque o motorista esqueceu de pegar uma coisa em casa e eke teve que desviar um pouco do caminho.

Ihhh, perdi o ônibus!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

mais uma última palavra sobre diplomas

partindo da experiência de ter nascido sem nem mesmo saber escrever (mal que perdura), não posso concordar com a idéia de que o talento para o jornalismo seja inato. Este, aliás, é o argumento que o 4º senhor na "linha de sucessão presidencial" , Gilmar Dantas, usou pra enfiar a profissão onde dificilmente será resgatada. Pra manter a alegoria,insisto: talento de cu é rola. Quem não se dedica àquilo que quer fazer nunca vai ser bom, quanto mais numa profissão tão delicada, onde os limites da sobrevivência financeira e da ética profissional são tão distintos. Diz-se que se aprende jornalismo mesmo é na redação, que faculdade não forma jornalistas e blablablá. Sobre isso , duas coisas: quem aprende jornalismo na redação não tem "talento inato". Viu uma galera fazer e foi aprendendo. Se estivesse numa operação de telemarketing também iria apender. Ninguém diria que essa pessoa teria talento inato pra operador. Eu não vi o Gay Talese no roda viva, mas ví sua opinião fazer coro à da ABERT, anj e outras corjas sobre a obrigatoriedade do diploma numa palestra que ele deu no MASP. Vou colocá-lo no rol de jornalistas com quem se endossa a idéia de que o diploma não serve pra nada, junto com machado de assis, Nelson rodrigues , Vargas llosa, garcia márquez, etc. Eles escrevem , de fato, muito melhor que os jornalistas diplomados. Toda via, ganharam prêmios e reconhecimento por seus livros e crônicas, não por suas matérias. José hamilton ribeiro ganhou prêmios por suas matérias. Uma meia dúzia de Essos. perdeu uma perna fazendo corbertura de guerra. ele tem diploma. O Paulo Coelho escreve pro globo, é imortal da ABL. Não tem.
eu já disse isso?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Todos no tribunal

A Guerrilha do Araguaia voltou às páginas dos jornais. A batalha entre jovens comunistas filiados ao Pc do B e o exército brasileiro foi marcada pelo envolvimento de camponeses em ambos os lados, ou simplesmente como escudos humanos.

Com a questão da guerrilha, volta à discussão a Ditadura Militar brasileira, que muitos preferem fingir que não existiu, dizendo que a Lei da Anistia veio para virar a página.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, já declarou ser a favor de penas contra os torturadores. Alguns rebatem com o argumento absurdo de que se trata de “vingança política”, como se torturar, fosse uma questão puramente burocrática. Existem diversas ONGs e intelectuais (acho essa classificação estranha, mas...) também são a favor do julgamento e condenação de assassinos do passado.

Há também quem polemiza dizendo: “Esses antigos comunistas eram todos torturadores também, que mataram pais de família.” Relatos de camponeses do Araguaia, confirmas essa tese, dizendo que realmente, os guerrilheiros mataram e torturaram moradores da região, militares e desetores.

[A maioria dessas opiniões eu vi em comentários de notícias, sobretudo nos sites da Globo, Folha de S.Paulo e Estadão. É lamentável o tom antiético dessas mensagens que são divulgadas mesmo com avisos de quem “Comentários com preconceitos de desrespeitos de qualquer tipo não serão permitido”]

Infelizmente, o Brasil não seguiu o exemplo de outras ditadura latino-americanas, e não condenou os militares. Pelo contrário. A Lei da Anistia era seu perdão. E os crimes de tortura “prescreveram”. Os crimes prescreveram ou esperaram até que o tempo limite de seu julgamento passasse? Torturadores foram promovidos, viraram nomes de rua, receberam homenagens, enquanto suas vítimas enlouqueceram, ficaram com seqüelas físicas e/ou psicológicas irreversíveis, se não foram mortos e sues corpos escondidos.

Mas também deve-se admitir que há uma lamentável glamorização da esquerda. Quem pegou em armas passou a ser um herói da liberdade e da democracia, quando não faltam relatos de que esses heróis eram frios, pouco atentos a opiniões diversas e que torturaram e mataram a sangue frio desertores, dedos-duros e militares sob a bandeira da liberdade. Não fizeram o mesmo que os inimigos?

Da mesma forma, é vazio o argumento de que “Pra quem julgar os torturados? Tem que julgar mesmo é esses terroristas que estão no poder agora”. É uma condenação que não justifica uma absolvição.

Minha opinião é de que a Justiça deve, imediatamente, apurar os crimes cometidos pelos dois lados. Quem torturou vestindo uma farda ou com uma pôster de Guevara na parede. Os crimes são os mesmos e continuam sendo crimes. As alegações de que agiam em defesa de uma ideologia ou obedecendo a um Estado autoritário não se justificam.

terça-feira, 14 de julho de 2009

É greve doutor?

Que que penso de greve?

Tá aí um assunto polêmico, imediatamente associado a ser de esquerda ou de direita, liberal ou conservador, proletário ou proprietário. O que dizer de greves?

É fácil dizer: Sou a favor de greve! O trabalhador tem todo o direito de defender seus interesses!Também é fácil dizer: Greve nem pensar! Ficar uns dias sem trabalhar, recebendo e ainda pedindo aumento? Ainda por cima atrapalha os outros!

E aí?O trabalhador tem todo o direito de defender seus interesses. Senão os patrões fazem o que querem. Ser capacho pra quê? Se o chefe não quer atender a reinvindicação, é só mostrar pra ele: veja bem, você não me dá ouvidos, mas eu sou fundamental para o seu ganho! Como é?

Mas tem gente que extrapola. Sou contra quebra-quebra e parar avenida. Por que? Ora, você está entregando de bandeja o argumento contrário pra quem é contra greve. "Olha só, vocês param a rua, atrapalham todo mundo". "Estão quebrando o patrimônio público!". Quebrar algo é deixar a marca do "vandalismo brutal" como os reacionários logo argumentam.

Sobre as ruas, os manifestantes dizem que é pra mostrar ao povo suas argumentações. Olha, o povo não tem nada a ver com seus problemas (é cruel, mas se pensa assim). E aí você vai tentar apresentar seus argumentos parando ele no trânsito e atrasando seu dia? Não!Vamos inovar!

Greve sim! Mas não essas greves clichês. Greve tem que ser algo bem bolado, muito bem planejado, de modo a fazer todo mundo pensar, talvez até rir.

As greves, manifestações e atos deveriam ser planejados por uma junta de humoristas!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Penso Logo Twitto

Que belíssimo esse momento de confraternização entre as partes! Os que xingavam o Sarney desde que ele era do Arena [o partido da Ditadura, não o programa do Cléber Machado], a esquerda histórica, opositora do dono do Maranhão e autor de Harry Potter e a Câmara e os Atos Secretos hoje tem o apoio da mídia, empenhada em derrubar o maligno presidente do Senada, que empregou neto, cunhado, bisavô e até o Tarso Genro.

E nesse momento belo o DEM, PT, PSDB e PMDB fazem uma ciranda de apoios e desapoios, com DEM apoiando sua eleição com PT oposição e agora se dá o inverso e o presidente, daquela esquerda lá, deixando claro que o hômi merece um tratamendo diferenciado [eu já sugeri a cela individual mas ninguém me escuta].

E recentemente, nos palcos do Twitter, com a campanha #ForaSarney, a nata do intelectualismo brasileiro, representados por Rodrigo Scarpa [Repórter Vesgo], Marcos Mion [MTV], Júnior Lima, Tico Santa Cruz [Detonautas] e Bruno Cagliasso[Globo] iniciara uma valiosa cruzada pela democracia. Como? Pedindo ao dono do Twitter mais popular, o ativista internacional Ashton Kuchter[Cara, cadê meu carro?] que ele simplesmente escrevesse a palavra #ForaSarney em sua página.

Lamentavelmente, movido pela cega razão da autodeterminação dos povos, o astro de Hollywood retrucou que essa é uma luta dos brasileiros e "Só vocês podem lutar pelo acreditam". Essa atitude afrontosa com a população brasileira lhe custou, imidiatamente, a exclusão de seu nome da lista de indicados ao Nobel da Paz.
Povo brasileiro! Vamos aguardar! [Loading...]

terça-feira, 7 de julho de 2009

Coluna Corrida!

Coluna Corrida!

Big Brother Sam

Os tempos realmente mudaram. Agora os EUA não reconhecem um golpe militar.

Lembra do tempo em que eles é que davam uma forcinha?

FHXiii

Nessas festividades dos 15 anos do Real, alguns tucanos falaram das privatizações...

Olha... não acho muito recomendável elogiar a privatização na área de telecomunicação, né Telefônica?

Real-trotters

Do jeito que as apresentações de jogadores estão pop, dando repercussão e atraindo dezenas de milhares de torcedores no estádio, sem falar na venda de uniformes, o Real Madrid nem precisava mais jogar futebol.

Imagina que perigo o jogador se machucar?

O jeito é formar o novo globe-trotters

Hasta neverland

[Pra compensar ontem, que eu não postei nada por aqui, hoje tem bastante coisa!]

Eu acho que a morte do Michael já vendeu mais dvd que a morte do Che Guevara vendeu camiseta.