sexta-feira, 10 de abril de 2009

Em defesa de Cristóvam

Vou tentar não praticar o jornalismo empinativo [isso mesmo, aquele que empina a moral de algumas figuras], mas me senti na obrigação de defender uma posição.

A ideia do Cristóvam Buarque(PDT-DF) de sugerir um plebiscito pergutando se o povo é a favor do fim do congresso foi genial. Não quero ser puxa-saco, mas não tinha como não falar nada depois de ver políticos e imprensa duvidando de sua sanidade mental.

Me parece óbvio que ele não pretendia realizar essa votação. Por quê? Até uma pedra sabe [vi essa numa coluna também... mas não questiono o intelecto delas] que jamais haveria essa votação. Jamais o congresso permitiria isso, jamais o governo permitiria isso. E isso eu, DE VINTE ANOS*, tenho certeza! Imagino que Cristóvam Buarque tenha um pouco mais da minha idade, e um pouco mais de vivência para já ter alcançando essa minha percepção bestial.

Está certo que o povo muito provavelmente se diria contra o Congresso, talvez até votasse contra, numa simulação digna de Saramago. Mas você imagina a anti-campanha que haveria? Partidos gigantes se juntando pelo NÃO e apenas ONGs e pequenos partidos pelo SIM.

Enfim... teve muita gente achando que o papo era sério.

Foi na verdade uma contestação. Uma provocação digna de Monty Python [desculpa, mas ando assistindo muito]. Foi algo tipo: "Hey! Vocês acham que não estão olhando pra vocês? Acham que aprovam isso tudo? Acham que isso tudo é necessário? Esses gastos bilionários [tri?] são mesmo necessários, éticos?"


*19 para ser sincero

Um comentário:

Cristiano Pátaro Pavini disse...

Deveria existir um "ponto de ironia", a ser colocado ao final (ou início) de cada frase irônica para não deixar dúvidas quanto à intenção de seu conteúdo.

A opinião popular favorável ao fechamento do congresso, decorrente da provocação de Cristovam Buarque, só demonstra a que ponto a degradação de nossos parlamentares chegou.

abraços