Vou tentar não praticar o jornalismo empinativo [isso mesmo, aquele que empina a moral de algumas figuras], mas me senti na obrigação de defender uma posição.
A ideia do Cristóvam Buarque(PDT-DF) de sugerir um plebiscito pergutando se o povo é a favor do fim do congresso foi genial. Não quero ser puxa-saco, mas não tinha como não falar nada depois de ver políticos e imprensa duvidando de sua sanidade mental.
Me parece óbvio que ele não pretendia realizar essa votação. Por quê? Até uma pedra sabe [vi essa numa coluna também... mas não questiono o intelecto delas] que jamais haveria essa votação. Jamais o congresso permitiria isso, jamais o governo permitiria isso. E isso eu, DE VINTE ANOS*, tenho certeza! Imagino que Cristóvam Buarque tenha um pouco mais da minha idade, e um pouco mais de vivência para já ter alcançando essa minha percepção bestial.
Está certo que o povo muito provavelmente se diria contra o Congresso, talvez até votasse contra, numa simulação digna de Saramago. Mas você imagina a anti-campanha que haveria? Partidos gigantes se juntando pelo NÃO e apenas ONGs e pequenos partidos pelo SIM.
Enfim... teve muita gente achando que o papo era sério.
Foi na verdade uma contestação. Uma provocação digna de Monty Python [desculpa, mas ando assistindo muito]. Foi algo tipo: "Hey! Vocês acham que não estão olhando pra vocês? Acham que aprovam isso tudo? Acham que isso tudo é necessário? Esses gastos bilionários [tri?] são mesmo necessários, éticos?"
*19 para ser sincero
Um comentário:
Deveria existir um "ponto de ironia", a ser colocado ao final (ou início) de cada frase irônica para não deixar dúvidas quanto à intenção de seu conteúdo.
A opinião popular favorável ao fechamento do congresso, decorrente da provocação de Cristovam Buarque, só demonstra a que ponto a degradação de nossos parlamentares chegou.
abraços
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